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Aprender uma 2ª língua aos 10 anos pode trazer benefícios surpreendentes

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Muitas pesquisas têm demonstrado que aprender uma segunda língua pode aumentar a capacidade intelectual. Entretanto, um novo estudo, recém publicado, sugere que os efeitos provocados por essa iniciativa podem ser maiores que o esperado para aqueles que o fazem durante a infância, antes dos 10 anos de idade.

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Muitas pesquisas têm demonstrado que aprender uma segunda língua pode aumentar a capacidade intelectual. Entretanto, um novo estudo, recém publicado, sugere que os efeitos provocados por essa iniciativa podem ser maiores que o esperado para aqueles que o fazem durante a infância, antes dos 10 anos de idade.

Realizado na Proceedings of National Academy of Sciences, o estudo mostrou que as pessoas que começaram a aprender inglês em torno dos 10 anos e foram imersas na língua, ou seja, passavam o dia inteiro ouvindo o segundo idioma, demonstraram ganho superior de massa branca cerebral, em comparação com pessoas que cresceram falando apenas um único idioma. Isso geralmente é possível quando se muda para um novo país com língua diferente da materna. Tais ganhos se deram em áreas, no cérebro, responsáveis pela linguagem, aprendizagem e semântica de processamento.

Suspeita-se que nesta época o cérebro seja capaz de se modificar beneficamente de forma a se preparar para absorver o novo dialeto. Sendo que esse processo ocasiona ganhos que chegam a abranger outras qualidades.

Descobriu-se então, ser a metade da infância (5 a 10 anos) a melhor fase para se beneficiar destes processos.

Para chegar a essas descobertas, pesquisadores estudaram exames cerebrais de 20 pessoas, todas na faixa dos 30 anos, que viviam na Grã-Bretanha há pelo menos 13 meses. Destes, todos começaram a aprender Inglês como segunda língua em torno dos 10 anos.

Estas imagens foram então comparadas a outras de 25 pessoas com idade semelhante, que falavam apenas inglês.

“A exposição diária a um segundo idioma funciona como uma estimulação cognitiva mais intensa modifica as estruturas e gera melhorias nas estruturas cerebrais específicas relacionadas ao idioma, preservando sua integridade, e, portanto, protegendo contra a deterioração em idade mais avançada,” disse o estudo liderado por Christos Pliatsikas da Escola de Psicologia da Universidade de Kent.

Fonte: AFP

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