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Vírus rouba dados de mais de 10 mil contas do Facebook

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Um ataque de phishing realizado por meio do Facebook fez mais de 10 mil vítimas. Usuários brasileiros foram os mais atingidos.
Vida conectada pode significa menos privacidade
Um ataque de phishing realizado por meio do Facebook fez mais de 10 mil vítimas. Usuários brasileiros foram os mais atingidos.

Não há dúvidas de que viver conectado traz diversas comodidades. No entanto, um dos problemas que este novo estilo de vida acarreta é o da privacidade. Em diversas ocasiões vimos dados de usuários serem vazados de diferentes plataformas. Se até então, as invasões ocorriam em serviços mais restritos como o LinkedIn e o Ashley Madison, o novo vazamento atinge em cheio aos usuários comuns, já que o Facebook é a bola da vez deste problema.

Entenda o que aconteceu

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Em apenas dois dias, um ataque de phishing realizado através da rede social fez mais de 10 mil vítimas. Segundo a empresa de segurança digital Kaspersky Labs. Trata-se de malware (arquivo malicioso) que usa o Facebook para se disseminar e roubar as contas e dados pessoais dos usuários.

O vírus envia uma notificação dizendo que um amigo seu havia mencionado o usuário em um comentário de post. No entanto, a notificação era enviada por invasores e desencadeava um ataque em duas fases. Na primeira delas, o computador do usuário recebia um trojan que instalava, entre outras coisas, uma extensão do Chrome no computador do usuário.

A segunda fase começa quando o navegador infectado acessa o Facebook. Nesse momento, os invasores conseguiam usar a extensão maliciosa para tomar controle da conta do usuário. Feito isso, o malware podia alterar configurações de privacidade, extrair dados e realizar atividades estranhas nos perfis dos usuários, como enviar spam e produzir curtidas e compartilhamentos fraudulentos.

Os brasileiros foram, de longe, o público mais afetado pelo ataque. Cerca de 37% das vítimas detectadas nos últimos dias foram do nosso país. Outros países que também tiveram grande número de pessoas atingidas foram Polônia (8%) Peru (7%) e Colômbia (6%). Usuários de Windows, tanto em PCs quanto em dispositivos móveis, foram os principais atingidos pelo ataque. Já usuários dos sistemas Android e iOS podem ficar despreocupados, já estão imunes ao ataque, uma vez que a biblioteca usada pelos criminosos é incompatível com esses sistemas.

Prevenção

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Diante da crise causada pelo vazamento das informações, a Kaspersky recomendou uma série de medidas para que os usuários possam se proteger de ataques desse tipo. Além de recomendar a instalação de programas de segurança (mesmo que gratuitos), a empresa recomenda redobrar os cuidados ao navegar nas redes sociais, adotando medidas como:

  • Alterar as “configurações de privacidade” do Facebook para as mais restritas possíveis.
  • Não clicar em links enviados por estranhos.
  • Jamais abrir mensagens com conteúdo suspeito.

Já usuários que tenham sido infectados, a Kaspersky faz as seguintes recomendações:

  • Execução de um escaneamento contra malwares.
  • Abrir o Chrome e buscar por extensões desconhecidas.
  • Havendo arquivos nocivos o usuário deve desconectar completamente seu computador da internet e chamar um profissional para removê-los.

Google e Facebook também já tomaram medidas para atenuar o problema. O Google excluiu da Chrome Web Store ao menos uma das extensões criminosas associadas ao ataque. O Facebook, por sua vez, conseguiu bloquear as técnicas de propagação do malware pelos PCs infectados, e reportou que que não observou outras tentativas de infecção desde então.

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