Gopro hero4 snow

A maior inimiga da GoPro é ela mesma

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A GoPro reina na categoria de câmeras compactas voltadas para aventuras e esportes. Entenda porque a maior vilã da GoPro é ela mesma.

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A GoPro reina na categoria de câmeras compactas voltadas para aventuras e esportes. As concorrentes aos poucos estão despontando com boas alternativas e preços mais atrativos, mas não chegam a causar impacto no mercado obtido pela companhia. O maior problema da GoPro é ela mesma.

Como aponta um artigo da Bloomberg Business, a empresa já não está mais conseguindo ter o mesmo volume de vendas no seu principal mercado. Depois de 18 milhões de unidades vendidas, a receita da GoPro nas Américas caiu 7 por cento no último trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado está abaixo das estimativas globais e causou uma queda brusca das ações.

Ainda há mercado disponível e a principal fonte tem sido a Ásia. Atualmente mais de metade da receita em dólares vem de fora dos EUA.

Mas a GoPro é boa demais e por isso não há giro de estoque. Quem comprou das câmeras dificilmente fará um upgrade para o próximo modelo.

Apesar das novas capacidades incluídas a cada geração, uma nova compra não costuma ser justificada. Os últimos esforços da companhia tem sido lançar câmeras cada vez menores, mas elas já eram pequenas o suficiente para serem acopladas em capacetes, por exemplo.

O Bloomberg sintetiza bem: “Não só há muitos clientes da GoPro que não sentem necessidade de atualizar seu equipamento comprando um modelo mais novo, mas há muitos potenciais clientes da GoPro que ficarão perfeitamente felizes com a câmera de nível de entrada.”

Para sair ilesa dessa, a GoPro tem investido em mídia e em novos tipos de hardware. Recentemente eles passaram a vender uma câmera de 15 mil dólares que permite gravar vídeos esféricos. Além disso, estão trabalhando em um sistema de realidade virtual e até mesmo um drone.

Quem diria que eles não iriam se preocupar com obsolescência programada, não é?

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