Índice
No Brasil, estamos vivendo um verdadeiro escândalo, após a deflagração da operação Carne Fraca, pela Polícia Federal. Após descobrirmos que as maiores produtoras de carne do país estavam vendendo alimentos comprometidos, uma série de questionamentos foram levantados pela população.
“Deveríamos ser vegetarianos/veganos?”, “devo deixar de comer carne por enquanto?”, “posso continuar comendo tudo o que sempre comi?”, “quais os cuidados?”. Embora as respostas venham aos poucos, você já se perguntou se pudesse comer carne de verdade sem que animais fossem mortos?
Uma startup norte-americana chamada Memphis Meat acredita (e provou), que existem outras maneiras de fazer os humanos comerem carne de boi, frango, porco, etc, sem precisar matar os animais. A resposta? Ao invés de criar o animal, você cria a célula dele.
Em um anúncio, o co-fundador e CEO da Memphis Meat, Uma Valeti, falou sobre uma grande passo da startup:
“É animador anunciar que não precisamos cuidar de animais para fazer nossa primeira carne de frango e pato. Esse é um momento histórico para o movimento de carne limpa. Frango e pato estão no centro da mesa de diversas culturas ao redor do mundo, mas a maneira que os animais são criados par ao abate são prejudiciais para o meio ambiente, trato dos animais e saúde humana. Isso é também ineficiente. Nós queremos produzir carne de uma maneira melhor para que seja delicioso, sustentável e que caiba no bolso. Nós realmente acreditamos que esse é um grande passo da tecnologia para os humanos e uma incrível oportunidade de negócios, que transformam uma indústria global gigante e contribui para a resolução de alguns dos problemas mais urgentes dos nossos tempos.”
Pesquisadores estão criando células de animais para virar bife (sem precisar matar nenhum bicho)
Com essa novidade, pesquisadores da startup Memphis Meat descobriram uma maneira de desenvolver células de frango e pato para transformá-las em carne para humanos comerem.
Assim, além do animal não ter nenhum envolvimento e consequentemente não precisar ser abatido, a empresa mostra uma maneira de ajudar contra o desmatamento global, a emissão de gases poluentes e a preocupação com as criaturas do planeta (sem precisar abrir mão do churrasco do final de semana).
A grande barreira para que as pessoas comecem a adotar esse novo método – além da resistência cultural de comer algo que cresceu dentro de um laboratório – é o custo. Quando a Memphis Meat produziu a primeira carne 100% de animal sem animal, custava 18 mil dólares a unidade produzida. A empresa conseguiu diminuir os custos com a nova tecnologia e estima que o preço do frango custaria menos de 9 mil dólares por enquanto.
Cortar os custos é o grande desafio, mas ainda há um longo caminho para a carne produzida em laboratório virar a alternativa preferida ao comer carne. A intenção da startup é que as carnes feitas em laboratório cheguem ao mercado em 2021. Vamos ter que esperar um pouco mais ainda.
