Cada vez mais, os drones estão se tornando gadgets fundamentais para as pessoas. Mais do que somente sua dimensão lúdica, essas pequenas máquinas voadoras vão se integrando a projetos maiores e mais ambiciosos. Um bom exemplo disso está no Projeto Skybender do Google, que pretende utilizar drones para entregar conexão de alta velocidade (5G).
Pela proposta, os drones utilizados pela gigante de Mountain View serão movidos à energia solar, equipados com rádio transmissores de ondas milimétricas que poderiam enviar sinais de internet 5G. O projeto está sendo testado na Base Espacial América no Novo México (EUA). A ideia do Google com o Projeto SkyBender é a criação de uma rede sustentada por drones que transitariam em altitudes elevadas para ajudar no fornecimento de internet de altíssima velocidade no mundo todo.
Essa não é a primeira tentativa da Google em fornecer este tipo de serviço. O Projeto Loon, em desenvolvimento desde 2013, pretende fornecer internet 4G LTE via balões posicionados na estratosfera terrestre. O projeto já foi testado na Nova Zelândia, Califórnia e Brasil, e poderá eventualmente fornecer internet em áreas rurais ou lugares com coberturas inconsistentes, assim como em casos de desastres que deixariam as pessoas sem acesso.
No Project Skybender, os drones solares substituirão a maior imprevisibilidade dos balões, proporcionando um voo mais controlado, já que que os dispositivos poderiam se manter no ar de forma contínua durante meses. Além disso, os drones estarão equipados com sistemas de comunicação millimeter wave (“rádio onda milímetro“) que permitem atingir velocidades de vários gigabits, chegando a ser 40 vezes mais rápidos do que os atuais sistemas LTE/4G.
Apesar do Projeto Skybender ser uma novidade, o interesse do Google pela tecnologia de “rádio onda milímetro” não é novo. Em 2014, a companhia preencheu documentos nos quais indicava planos para testar a tecnologia emergente em San Mateo, Califórnia. Apesar de promissora, a tecnologia de onda milímetro tem um alcance limitado em comparação com o LTE, o que significa que ainda há um longo caminho a ser percorrido até que esteja pronta.
