Quais os rumos da tecnologia?

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Para onde caminha a tecnologia? Estamos preparados para as constantes evoluções dos computadores?
Display de campo de luz produzido pelo laboratório gráfico ict
Display de campo de luz produzido pelo laboratório gráfico ICT

Lembro-me muito bem do meu primeiro computador, um Commodore 64, que me foi dado de presente pelo meu pai quando ainda era criança. Uma época em que máquinas de escrever estavam na moda e era comum se fazer cursos de datilografia.

A primeira vez que liguei aquela máquina fiquei atordoado e maravilhado com uma tela preta e algumas letras que diziam uma tal versão do Basic. Os disquetes se amontoavam dentro de umas três gavetas, cada um com menos de 2MB de capacidade de armazenamento.

Através de uma dessas revistas importadas, lembro-me de passar uma madrugada inteira digitando linhas e linhas de código incompreensível, atônito por ver o joguinho prometido tomar vida. Sim, eram umas vinte páginas de código impresso, que após exaustivo trabalho se transformaram em dois retângulos que andavam de um lado para outro atirando um quadrado menor que tentava me convencer que era uma bola. O pior é que na mente de cada um daquela época, realmente ERA.

Mas onde quero chegar com essa pitada de saudosismo? Quando lembro dessas coisas, ou dos modens externos de 14.400 kbps não estou me referindo a relíquias de centenas de anos atrás, mas sim de algo real e que aconteceu nos últimos trinta anos. Parece muito? Acredite, não é.

Meu filho tem dois anos de idade, está começando a formular frases e boa parte de seu vocabulário inclui termos como tablet, celular, joguinho, pilha, bateria, carregar…

Ele usa os dispositivos e é encantado por telas com touch screen, tira fotos com a câmera do smartphone, assiste a desenhos no Netflix e reclama quando a bateria do tablet acaba e não consegue jogar o Pitfall dos tempos modernos.

O que podemos esperar dos próximos vinte, trinta anos? A explosão dos smartphones e tablets de agora podem parecer telas do Basic de amanhã. O projeto do Google Glass é um bom exemplo da rápida evolução tecnológica. Não duvido nada se lançarem projeções holográficas, realidade aumentada, droids que nos ajudem nas tarefas diárias ou ainda um mundo cada vez mais conectado, onde a velocidade da nossa banda larga de hoje se pareça com um download de um GIF pesado de trinta anos atrás.

Estamos preparados para estes desafios? Quando olhamos pessoas mais idosas demonstrarem desprezo por nossos gadgets ficamos imaginando o motivo de tamanha resistência. Tal qual será a avaliação de nossos filhos quando nos mostrarem as projeções 3D e os jogos de participação ativa por rede neural. Viajei? Só os próximos trinta anos dirão.

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