Se existe um fato inequívoco sobre a evolução dos dispositivos móveis é que as telas dos smartphones estão cada vez maiores. O fato é até natural, visto que passamos cada vez mais tempo utilizando esses gadgets para todos o tipos de atividades, muito além do simples conversar ao telefone.
Por isso mesmo, não há nenhum indício que o apetite dos usuários por telas maiores irá diminuir. Essa impressão foi comprovada em um recente relatório feito pela Flurry, empresa que pertence ao grupo Yahoo!.
Analisando um perfil de dados a partir de 1,6 bilhões de dispositivos que são mapeados mensalmente pela empresa, o relatório se concentrou em entender o perfil global dos usuários pelo tamanho da tela e descobriu que a presença dos phablets mais que triplicaram em relação ao ano passado. Focando-se apenas nos aparelhos considerados top de linha (high-end), a presença dos phablets (dispositivos de telas sensíveis ao toque com mais de 5 polegadas e menos de 7 polegadas) chegou a incríveis 87%.
Em janeiro de 2014, a Flurry havia registrado apenas 6% de usuários ativos utilizando phablets, contra 68% que utilizam dispositivos tamanho padrão (com tamanho de tela entre 3,5 polegadas e 4,9 polegadas). O levantamento de março de 2015, aponta que o uso dos phablets aumentou para 20%, enquanto os dispositivos comuns caiu para 59%. Os números são ainda mais significativos em comparação ao tablets (dispositivos com telas acima de 7 polegadas), que com uma taxa cada vez menor de usuários, vem sendo metaforicamente canibalizado pelos phablets.
A Apple lançou seu primeiro phablet – o iPhone 6 Plus – no ano passado, proporcionando aos usuários do iOS que queiram permanecer na plataforma a opção de usar um dispositivo móvel com essas características. Essa demanda, evidentemente, contribuiu para aumentar o uso dos phablets.
Por outro lado, o uso do Android em tablets é bem mais inexpressivo, correspondendo a apenas 3% dos dispositivos que usam o sistema operacional, demonstrando que a plataforma teve dificuldades para se estabelecer neste segmento. No entanto, se comparados com a presença dos phablets, é possível notar que a plataforma se desenvolve com muito mais intensidade. Em 2013, apenas 10% dos dispositivos Android eram phablets. Dois anos depois, esse número já corresponde a 27%.
Se os tablets Android não fizeram sucesso, os phablets podem ser uma compensação mais do que positiva se confirmadas às tendências levantadas pelo relatório.
E você? Tem um smartphone ou um phablet? Conta pra gente.
