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Review: Galaxy J7 Prime, um intermediário com cara premium

Avatar de andré fogaça
O Galaxy J7 Prime é mais um intermediário da Samsung, só que com cara de aparelho premium. Será que vale como seu próximo smartphone?

A Samsung já foi conhecida como a marca que introduz uma centena de novos smartphones todos os anoa, mas dando atenção especial apenas para os Galaxy S. As coisas mudaram em 2016 e linhas começaram a receber a mesma atenção, com destaque para os Galaxy A e J. O Galaxy J7 Prime faz parte da linha mais simples, só que neste modelo a empresa trouxe muita coisa nova e com pinta de aparelho mais caro. Temos um smartphone com tela LCD TFT PLS de 5.5 polegadas, com resolução Full HD, processador Exynos 7870 Octa, 3 GB de memória RAM, leitor de impressões digitais e um corpo feito em metal. Será que tudo isso condiz com o valor cobrado, que gira nos R$ 1,3 mil? É o que você descobre nos próximos parágrafos.

Design e tela

Os Galaxy J sempre estiveram dentro de uma gama de aparelhos mais simples, com corpo em plástico e pouca coisa chamando atenção. Afinal de contas, temos um modelo que custa pouco e o design está em uma das áreas que recebem cortes. Porém, em sua versão Prime, o J7 vem com visual em metal muito agradável, com tampa traseira fixa e isso tudo dá um ar mais premium.

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Como a traseira não pode ser aberta, o local onde vão os SIM cards e o cartão microSD está em separado em duas gavetas que ficam na lateral direita. Mesmo local onde estão os botões de controle de volume. Detalhe: a Samsung não teve a mesma ideia de outros modelos mais caros, separando assim a memória externa dos dois SIM cards. Isso significa que é sim possível colocar duas linhas no aparelho, junto de expansão de memória ao mesmo tempo.

Uma parte curiosa do Galaxy J7 Prime é que o alto-falante não fica atrás e nem na parte inferior. Ele está do lado esquerdo, logo acima do botão de liga/desliga. A posição é bacana para quando o celular está em uma superfície lisa, mas nada agradável para quando você utiliza enquanto joga. É comum deixar o dedo justamente na saída, tampando o som. Ok, é só se acostumar, mas você vai errar nas primeiras tentativas.

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A tela utiliza o polêmico LCD TFT, só que com a tecnologia PLS. É algo mais próximo do IPS, mas muito distante do Super AMOLED que está nos Galaxy A e Galaxy S. Ele conta sim com boa reprodução de cores, mas perde para concorrentes diretos, como o Moto G4 e o Zenfone 3 Max. De fato, o que mais me incomodou foi que ao pressionar a tela, é muito fácil ver o LCD “indo pro lado”, criando aberrações cromáticas. Este tipo de efeito acontecia nas telas resistivas, mas faz tempo que eu não presenciava em displays capacitivos – que são feitos de vidro.

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Alto-falante fica na lateral

Ah! O Galaxy J7 Prime vem com Gorilla Glass para proteger o vidro, apenas não está claro qual é a versão.

Hardware

As especificações do Galaxy J7 Prime colocam o aparelho ainda mais pra cima, quando o assunto é um intermediário. Ele vem com um Exynos 7870 Octa, rodando oito núcleos em 1.6 GHz, acompanhado de 3 GB de memória RAM. A memória interna é de 32 GB, o que é mais do que o suficiente para a maioria dos usuários. Se, mesmo assim, você ainda precisar de mais, é só colocar um microSD de até 256 GB e ficar com 288 GB de espaço total.

Este conjunto de hardware é o suficiente para rodar praticamente qualquer aplicativo da Play Store. Os apps do cotidiano, como Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp rodam sem qualquer engasgo. Como há 3 GB de memória RAM, algo pouco comum em aparelhos intermediários, o smartphone é capaz de rodar boa quantidade de apps ao mesmo tempo. Testei uma média de cinco deles no fundo, com um na frente e tudo correu bem. Não notei nenhuma queda no desempenho.

A GPU é uma Mali-T830MP2 e lida bem com gráficos. Sim, estamos com um intermediário e ela condiz com isso, reproduzindo jogos mais pesados com gráficos no mínimo ou médio. Tudo isso garante que a taxa de quadros por segundo fique alta, ou seja, que a fluidez da jogatina apareça com maior frequência. Títulos como Asphalt 8 e Modern Combat 5 rodaram bem, com suas devidas economias gráficas.

Software

A TouchWiz já foi muito criticada no passado por ser pesada demais. Hoje ela é mais simples, leve e não apresenta um caminhão de lixo pré-instalado. O visual é o mesmo presente na TouchWiz que equipa smartphones mais caros, o que deixa tudo mais limpo e organizado. Um destaque está para o Opera Max, que vem no aparelho e é capaz de comprimir os dados na hora de enviar por rede de celular. Isso significa que você envia as mesmas informações, só que em pacotes menores. O resultado é uma economia bem bacana no consumo da franquia de dados, além de maior velocidade na hora de carregar conteúdo em diversos apps, ou no navegador.

A Samsung colocou o Android 6.0 Marshamallow no Galaxy J7 Prime, sem previsão de atualização para o Android 7 Nougat. Mesmo assim, updates corriqueiros aparecem, com correções para segurança e adicionando alguns recursos.

Câmeras

A câmera traseira vem equipada com 13 megapixels, com abertura de f/1.9 e consegue gravar vídeos em até Full HD. A resolução não é inovadora e nem única deste modelo, mas a abertura grande faz com que mais luz entre. Isso resulta em fotos melhores quando tiradas pela noite, com menor ruído na imagem. A frontal trabalha com 8 megapixels e tem a mesma abertura, junto de um ângulo de visão maior. Selfies ficarão bem definidas, com boa iluminação e poderão acomodar mais amigos na mesma imagem. Por fim, a câmera frontal, assim como a traseira, conta com flash LED.

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A interface é quase que a mesma que existe em outros aparelhos, mas me incomodou a posição do botão HDR. Este recurso existe, mas está dentro da parte de “MODO” e não na frente, como acontece no S7, por exemplo. Há ainda um modo quase manual, onde permite o controle preciso de balanço de branco, exposição e ISO.

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O resultado é que as fotos ficam boas, encaixando bem o smartphone em sua categoria de preço e de concorrentes. Os Zenfones mais próximos, por exemplo, não tiram fotos tão boas como o J7 Prime. O mesmo vale para o Moto G4, só que com uma diferença bem menor.

Extras e bateria

A bateria de 3300 mAh deste aparelho é apenas OK. Ela não tem longa autonomia, como faz o Galaxy A9, mas não faz feio. Durante um dia de uso, com navegação na web, redes sociais, mapas com GPS e também músicas no Deezer, consegui tirar o aparelho da tomada pela manhã, por volta das 9h e ele foi até a noite. Chegando em casa, o Galaxy J7 Prime estava com 15% de bateria sobrando, lá por volta das 20h. Ainda dava para um suspiro extra.

Um ponto que vale a pena destacar do smartphone é que o leitor de impressões digitais reconhece o dedo cadastrado mesmo com a tela desligada. Isso é algo que nem mesmo o Galaxy S7 faz e que ajuda bastante na velocidade do desbloqueio. Do lado negativo, percebi que a qualidade de tela é inferior aos seus concorrentes.

Conclusão

O Galaxy J7 Prime é algo próximo de uma joia rara em um mercado soterrado de opções em aparelhos intermediários. Ele chama atenção principalmente pelo acabamento, junto com um preço bastante atrativo. O hardware oferece bom desempenho e encaixa na categoria, com folga para os lados. É seguro afirmar que o J7 Prime pode ser seu smartphone por anos, antes de começar a reclamar de idade. O que pesa é que a bateria não corresponde ao que temos no mercado. Com carcaça tão larga, dava pra colocar uma bateria com maior capacidade de carga. Zenfone 3 Max é exemplo disso, Galaxy A9 também.

Sim, o Galaxy J7 Prime é um smartphone que eu recomendo. Principalmente para quem não quer o custo dos Galaxy A, ou Galaxy S.

Especificações

  • Marca: Samsung
  • Modelo: Galaxy J7 Prime
  • Processador: Exynos 7870 Octa octa-core Cortex-A53 1.6 GHz
  • Memória RAM: 3 GB
  • Memória interna: 32 GB
  • GPU: Mali-T830MP2
  • Tamanho de tela: 5.5″ Full HD
  • Conectividade: Bluetooth 4.1 (A2DP e LE), Wi-Fi 802.11 b/g/n, Wi-Fi Direct e hotspot, GPS com A-GPS e GLONASS, microUSB 2.0 e rádio FM com RDS
  • Peso: 167 gramas
  • Dimensões: 151,7 x 75 x 8 mm

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