Em março deste ano fomos informados que a Netflix acrescentaria uma taxa adicional para contas que são compartilhadas pelos seus usuários, iniciando a cobrança no Chile, Costa Rica e Peru. Agora mais países da América Latina serão incluídos na cobrança adicional, sendo eles Argentina, El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana — até então sem menção ao Brasil. Além disso, há planos para a adição de um plano com propagandas e a atual queda de assinantes da plataforma. Vem entender o que vem acontecendo.
Mais cobrança
Quando a notícia foi anunciada há quatro meses, tudo fazia parte de um teste da Netflix para cobrar por contas compartilhadas nos países citados, e pelo jeito as coisas correram como esperado, pois agora a América Latina já conta com mais de cinco países em que os usuários deverão realizar o pagamento extra caso compartilhem suas contas. De acordo com a empresa, a medida servirá para mensurar melhor a “capacidade da empresa de investir em novos conteúdos”.
Este acesso compartilhado se dá em qualquer via, ou seja, smartphones, computadores, tablets e outros dispositivos serão afetados diretamente. O valor adicional será variável entre US$ 1,70 a US$ 2,99, algo que gira em torno em R$ 9,25 a R$ 16,27 em conversão direta. O compartilhamento de uma conta se dá pela organização interna dos perfis, mas em algum momento a Netflix não soube administrar até quando esse compartilhamento seria saudável para a própria empresa.
Novo plano com propaganda
Depois da notícia sobre a taxa adicional, também fomos informados de que a Netflix poderia lançar um plano mais acessível, porém com propagandas, ainda este ano, mas o plano agora é de lançar a novidade apenas em algum momento de 2023.
O que sabemos até o momento é que essas contas com propaganda terão menor preço, poderão vir com alguns limitadores de acesso e que terão o catálogo reduzido, possivelmente induzindo o usuário a pagar por alguma das contas do modelo padrão — sem propaganda, como é atualmente — para poder consumir o conteúdo desejado.
Chefe da equipe financeira da Netflix, Spencer Neumann, também concorda com a fala de Ted Sarandos, confirmando que a escolha por um plano mais acessível, apesar das limitações, pode ser uma aposta justa para aqueles que querem consumir o conteúdo da plataforma sem precisar pagar por tanto. De acordo com a empresa a intenção ainda é aprender com a novidade e poder aprimorá-la com o tempo.
Hoje, a grande maioria do que as pessoas assistem na Netflix, podemos incluir no grupo suportado por anúncios. Por outro lado, há algumas coisas que não – sobre as quais estamos conversando com os estúdios – mas se lançássemos o serviço hoje, os membros do grupo de anúncios teriam uma ótima experiência. Iremos limpar algum conteúdo adicional, mas certamente não todo, mas não achamos que seja um obstáculo material para os negócios.
Ted Sarandos, ex CEO da Netflix sobre as contas com propaganda
Baixa de usuários
Todas as novidades parecem um ato vindo do gerenciamento de crises, uma vez que a plataforma vem perdendo periodicamente seus usuários. Apenas no segundo trimestre deste ano a Netflix perdeu mais de 950 mil usuários, o que pode indicar até mesmo um certo desespero em trazer de volta os números que uma vez já tiveram. Atualmente a empresa afirmou que houve perda de 220,67 milhões de usuários no total e a previsão é de que haverá ainda mais 1 milhão no terceiro trimestre.
A Netflix passou alguns meses ajustando sua estratégia de negócios para se preparar aos desafios que espera enfrentar em um futuro possivelmente não tão distante. A empresa demitiu um pouco mais de 450 funcionários, fez o anúncio deste novo plano mais em conta com inclusão de propagandas que é feita em parceria com a Microsoft e também vem tentando barrar contas compartilhadas — ou pelo menos evitando, colocando uma taxa extra para estes usuários.
E você? Se importa com anúncios ou prefere assinar um plano que seja um pouco mais barato mas que passará propagandas entre as mídias e que ainda oferece um catálogo limitado? Conta pra gente nos comentários!
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Fonte: The Verge e TechCrunch.