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Dalai Lama é filmado beijando garoto e pedindo que ele “chupe sua língua”

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Vídeo de 28 de fevereiro em que Dalai Lama beija criança se espalha e sua equipe publica um pedido de desculpas nas redes sociais

Nesta segunda-feira (10), um vídeo foi responsável pelo principal assunto nas redes sociais no Brasil e no mundo. O líder espiritual dos tibetanos conhecido como Dalai Lama, Tenzin Gyatso, teve um vídeo divulgado no qual puxa uma criança para beijá-la na boca em um evento e, segundo a agência de notícias britânica Reuters, teria pedido para que a criança chupasse sua língua.

Alerta: O vídeo a seguir pode conter imagens perturbadoras.

A resposta da equipe de Dalai Lama pelo incidente

O vídeo gerou revolta por parte dos internautas nesta manhã e, em nota divulgada nas redes sociais, a equipe do líder espiritual respondeu com uma declaração dizendo a seguinte frase:

Um trecho de vídeo que circula mostra uma audiência recente, onde um menino pediu à Sua Santidade Dalai Lama um abraço. Sua Santidade gostaria de se desculpar para o menino e sua família, assim como aos muitos amigos em todo o mundo, pela dor que suas palavras possam ter causado.

Equipe de Dalai Lama no Twitter

A mensagem finaliza ainda afirmando que Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, possui um jeito brincalhão e inocente, de forma que suas ações não tenham sido feitas com segundas intenções ou com o objetivo de abusar da criança que aparece no vídeo.

Sua santidade frequentemente brinca com as pessoas que encontra de uma maneira inocente e brincalhona, até mesmo em público e em frente às câmeras. Ele se arrepende pelo incidente

Equipe de Dalai Lama no Twitter

O vídeo popularizou hoje, dia 10 de abril, entretanto já circula nas redes sociais desde 28 de fevereiro e mostra uma audiência pública de Dalai Lama, de 87 anos, com uma criança na Índia. Tal evento foi realizado pela empresa M3M Foundation, braço filantrópico da imobiliária indiana M3M Group com sede em Dharamshala, local onde o atual líder vive em exílio.

Quem é Dalai Lama?

Ao contrário do que alguns podem pensar por uma falta de proximidade e contato com as culturas indianas, Dalai Lama é um cargo — e não uma pessoa –, assim como o Papa é o cargo do líder religioso do catolicismo. Ele é o chefe de estado, líder espiritual do Tibete e título de uma linhagem de líderes religiosos da escola Gelug do budismo tibetano.

O 14º Dalai Lama se chama Tenzin Gyatso e é conhecido como Gyalwa Rinpoche entre o povo tibetano. Na religião budista, ele é considerado um Bodisatva vivo, ou seja, uma pessoa que, movida por uma grande compaixão, gerou bodhicitta, que é o desejo de atingir o mesmo status de Buda para o benefício de todos os seres vivos.

Imagem do atual dalai lama, tenzin gyatso falando em um microfone.
Tenzin Gyatso é o 14º Dalai Lama e mais alto líder espiritual e ex-chefe de Estado do Tibete. (Imagem: Luca Galuzzi)

Tenzin Gyatso é reverenciado por milhões como a reencarnação de seus 13 predecessores e está na Índia desde 1959, após a anexação do Tibete pela República Popular da China durante a Revolta Tibetana do mesmo ano. Dalai Lama fugiu e está atualmente em exílio permanecendo como líder espiritual.

Visto há anos como uma figura que representa a paz, Dalai Lama defende o bem-estar dos tibetanos em relação a Abordagem do Caminho do Meio, um conceito que tenta resolver de forma pacífica a questão histórica entre Tibete e China com o povo tibetano não aceitando a condição atual de seu país, mas ao mesmo tempo não desejando a sua independência e trilhando um caminho intermediário para alcançar uma autonomia genuína sem o uso de guerras e conflitos.

O líder tibetano recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1989 e a Medalha de Ouro do Congresso dos Estados Unidos em 2006. Devido a esses fatos que cercam sua vida pública por décadas, o vídeo em questão choca ainda mais, sendo que esta não é a primeira vez que ele se envolve em polêmicas por suas ações.

Em 2019, ele se desculpou após uma entrevista para a BBC, em que foi perguntado se uma mulher poderia sucedê-lo em seu cargo e sua resposta foi que “ela deveria ser mais atraente”. Além disso, no ano anterior em 2018, Dalai Lama afirmou que a Europa deveria ser mantida para os europeus, quando questionado sobre o número de refugiados africanos no continente.

A ato do líder religioso entra como mais uma ação inapropriada de Tenzin Gyatso, que foi alvo de críticas pelo episódio que vai em contraste em relação ao que é pregado.

Fontes: Reuters

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