Sexy brazilian models wallpaper ale e1402694094881

No futuro, a raça humana deverá ser parecida com… brasileiros!

Avatar de bruno martinez
Cientistas afirmam que a globalização, a imigração, a difusão cultural e a locomoção facilitada do mundo moderno deve, gradualmente, homogeneizar a população humana. E o resultado final? Talvez, um povo muito parecido com os brasileiros.

O futuro da raça humana é ser parecida com os brasileiros de hoje

Cientistas afirmam que a globalização, a imigração, a difusão cultural e a locomoção facilitada do mundo moderno devem, gradualmente, homogeneizar a população humana. Traços recessivos, que dependem de duas cópias do mesmo gene, estão destinados a serem extintos. Já os traços dominantes, estes devem se tornar a norma. E o resultado final? Talvez, um povo muito parecido com os brasileiros de hoje. Entenda porque:

Encurtando distâncias

É cada vez mais difícil de encontrar povoados humanos com características únicas. Entre os anos 1800 e 1960, por exemplo, a população isolada que vivia nas colinas do estado americano do Kentucky se destacava dos demais por uma característica um tanto inusitada: a pele azul. Resultado de seis gerações de endogamia (relacionamentos entre parentes próximos), todos os descendentes do francês Martin Fugate sofriam de uma mesma condição sanguínea rara, chamada meta-hemoglobinemia. Nela, um gene recessivo emparelha-se e altera a composição molecular do sangue, gerando uma coloração marrom, ao invés do vermelho tradicional. Essa mudança transparece na pele na forma de um tom azulado:

Blue people from kentucky blue man metemoglobinemia
Paul Karason, carinhosamente apelidado de “Papai Smurf”, exemplo dos efeitos da síndrome da meta-hemoglobinemia.

A tentativa dos hematologistas para traçar a história do gene mutante da família Fugate, bem como sua preservação, confirmou a tradição do povoado em casar primos de primeiro grau, tios e sobrinhos, e assim por diante, ao longo das gerações. Dennis Stacy, familiar cujos tataravôs de ambos os lados são a mesma pessoa, Henley Fugate, explica de forma simples o ocorrido: “Nos velhos tempos, no leste do Kentucky, não havia estradas. “

O conto da família Fugate é uma versão em miniatura da história das uniões humanas desde tempos imemoriais. Populações locais se relacionam, garantindo uma troca de genes que resulta em grupo com semelhanças físicas que, por fim, se identifica como uma raça ou grupo étnico distinto.

De acordo com Stephen Stearns, professor de ecologia e biologia evolutiva da universidade americana de Yale, antes da invenção da bicicleta, a distância média entre os locais de nascimento dos cônjuges na Inglaterra era, em média, 1,6 km. Durante a última metade do século 19, essa distância passou a alcançar 48 km, em média. Com o advento dos automóveis e aviões nas décadas seguintes, os horizontes do amor mantiveram expandindo desde então.

“A distância entre o local de nascimento dos pais tem continuado a aumentar desde a invenção da bicicleta, tornando mais fácil agora, se não a nova regra, que os pais tenham nascido em diferentes continentes”, disse Stearns.

Com isso, características geradas por genes recessivos, que precisam ser passados de ambos os pais para manifestarem-se nos filhos, devem gradualmente sumir.

Bebê americano com olhos azuis. Uma característica cada vez mais rara.
Bebê americano com olhos azuis. Uma característica cada vez mais rara.

Genes recessivos tendem a sumir

Nos Estados Unidos, por exemplo, olhos azuis tem crescido muito menos do que os olhos de coloração castanha. Um estudo realizado em 2002 pelos epidemiologistas Mark Grant e Diane Lauderdale, constatou que apenas 1 em cada 6 americanos brancos (não-hispânicos) tinha olhos azuis naquele período. Há apenas 100 anos atrás, mais da metade da população americana tinha olhos azuis.

“A única explicação para o padrão observado que era consistente com os dados apresentados a quebra do padrão de acasalamento preferencial”, conta Diane. Para quem não conhece, esta é a tendência das pessoas em se casarem com membros de seu mesmo grupo ancestral, algo que, aparentemente, diminuiu ao longo do tempo.

Diane Lauderdale diz olhos azuis não devem morrer por completo; eles simplesmente estabilizarão em um nível baixo, que reflete as chance de acasalamento entre duas pessoas físicas que possuam genes recessivos que resultem em olhos azuis.

A miscigenação resultante das facilidades de locomoção do mundo moderno deve reduzir outros traços recessivos característicos de povos europeus e norte-americanos, como peles claras, cabelos loiros e ruivos, ou sardas. O biólogo evolutivo John McDonald, da universidade americana de Delaware, afirma que não é fácil de prever como a mistura de genes afeta a aparência física (ela depende da combinação de diversos fatores e genes), mas a tendência é a permanência de características dominantes. Com isso, peles claras devem dar lugar a tons mais escuros, assim como as colorações de cabelos.

Brasileiros
Tons de pele mais escuros devem predominar.

E nós brasileiros, onde entramos nessa?

A mistura genética em curso nos Estados Unidos também está acontecendo a um maior ou menor grau em outras partes do mundo, disseram os pesquisadores. Ainda assim, ainda existem lugares onde os processos migratórios são menos expressivos, ou com povos que possuem características físicas únicas adaptadas ao habitat – que conferem vantagens evolutivas aos seus possuidores – e que acabam por desacelerar a miscigenação global.

Para Stearns, a perfeita homogeneização da raça humana provavelmente nunca vai ocorrer, mas é fato que os habitantes da Terra estão cada vez mais próximos de um biotipo com traços semelhantes. A população variada, forjada a partir da mistura ao longo prazo de africanos, americanos e europeus serve como um arquétipo para o futuro da humanidade. Ele encerra dizendo: “Alguns séculos a partir de agora, todos nós seremos parecidos com os brasileiros”.

Fonte: LiveScience, scribol, Sickchirpse, Wikipedia.

Inscreva-se para receber nossas notícias:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts Relacionados