Em tempos de intensa polarização política, guerra de memes e portais de notícias apócrifos, algumas pessoas creem que falte liberdade de expressão na rede. Esse público pode ter encontrado seu espaço no Gab, nova rede social americana que tem como principal prerrogativa a liberdade de expressão quase absoluta.
Engajamento
Lançada no último mês de agosto, o Gab vem chamando atenção por atrair milhares de influenciadores para a plataforma. A rede social já tem 12 mil usuários ativos e cerca de 50 mil candidatos na sua lista de espera.
Com a promessa de liberdade quase total, os índices de engajamento da plataforma são significativos. O Gab atingiu mais de 2,7 milhões de page views nos cerca de 240 mil posts publicados na rede social, com os usuários passando em média 12 minutos no site cada vez fazem seus logins.
Funcionamento
Com uma interface bastante simples e amigável, os usuários do Gab seguem perfis de outros usuários (similar ao Twitter). Assim como ocorre no Reddit, a plataforma possui um sistema de upvote e downvote nas postagens que aparecem no feed. Os posts que recebem mais upvoted são colocadas numa guia de destaque (ou tendências).
Responsabilidade do usuário
Como sabemos, não existe nenhum direito absoluto e isso não é diferente quando se trata da liberdade de expressão. Para cumprir a proposta de não ser um mediador arbitrário das informações, os únicos limites impostos pelo Gab são:
- Ameaça de violência física
- Pornografia ilegal
- Liberação de informações pessoais sem consentimento prévio
Dessa forma, o Gab transfere para o usuário o ônus da moderação em matéria de assédio e ofensas, que tem como ferramentas o filtro de palavras-chave, o silenciamento (ou bloqueio) e a capacidade de ver apenas o conteúdo de usuários selecionados.
Liberdade de expressão
O Gab foi criado pelo programador californiano Andrew Torba. Fã declarado de Donald Trump, ele se disse motivado para criar a plataforma após observar os mais recentes “casos de censura” protagonizados no Twitter e no Facebook.
Torba cita como exemplo o caso do jornalista ultraconservador Milo Yiannopoulos, que foi banido do Twitter após comandar uma série de ataques de cunho racista e misógino à Leslie Jones, atriz que interpretou uma das caçadoras de fantasmas no recente remake de Ghostbusters.
Liberdade de ofender
Em entrevista ao BuzzFeed, Torba expressou sua frustração com as redes sociais atuais, como Facebook e Twitter. Para ele, a mediação (ou moderação) de conteúdos feita pelos sites faz um julgamento do que é “certo” ou “errado”.
Para justificar sua percepção, o CEO do Gab utiliza na sua página inicial uma citação do ensaísta e autor de ficção britânico de origem indiana Salman Rushdie (que muito provavelmente tinha outras ideias em mente quando formulou a frase) que diz “a liberdade de expressão não existe sem a liberdade de ofender“.
Todas as ideologias
Andrew Torba acredita que o oligopólio das mídias sociais é de ideologia predominantemente de esquerda e impõe o que considera relevante em termos de “notícias” e “tendências”, da mesma maneira que cria o significado daquilo que é considerado “assédio”.
Apesar disso, Torba afirma que o Gab não é uma rede social exclusiva para conservadores e que a plataforma está aberta para pessoas de todos os tipos de ideologias. “O Gab não é destinado a nenhum grupo específico de pessoas, inclinações políticas, raça, crenças, ou qualquer coisa“, disse ao BuzzFeed. “Qualquer um é bem-vindo a se expressar por lá“, completou.
Futuro das redes sociais
Com um início arrasador, o Gab tenta transcender o estigma de rede social de curta duração, para fugir do destino de sites como o Ello e o Preach, que perderam o fôlego com o tempo.
Para Alex Kantrowitz, competente repórter do BuzzFeed, a plataforma pode conseguir se estabelecer como um significativo reduto para conservadores, que não se sentem confortáveis com as regras do Twitter e Facebook.
Kantrowitz ainda acredita que o sucesso inicial do Gab pode significar que o futuro das redes sociais estará na formação de grupos cada vez menores e mais sectários.
Gab.ai
Para aqueles que acreditam que o maior problema das redes sociais é o excesso de limites, o Gab pode ser o lugar ideal. Para participar é necessário se cadastrar na plataforma e colocar o nome na fila. Segundo relatos, a liberação demora em média 2 semanas, embora a rede social não forneça nenhum prazo específico.
É mas lembrem-se: O GAB permite, mas a Lei não. Então cuidado.
Liberdade de expressão é um direito, não significa nada fora da lei.
Claro, as pessoas não tem direito de se expressar KKKKK
Ótima rede social, já estou lá há quase uma semana, acredito que pode ter um grande futuro, visto que ela dá a seu usuário o que o Facebook e o Twitter não dão mais: A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O Milo não comandou ataques racistas algum a Leslie Jones, precisa se informar e saber a verdade, e não republicar mentiras.
O facebook tem diretores no Brasil e está monitorando todas as pessoas que são de esquerda e estão postando contra a direita golpista basta fazer um comentário em um site de direita que seu perfil é bloqueado com pedido de documentos ou seu perfil e bloqueado por um tempo determinado recebendo uma mensagem ameaçadora que se voltar a comer o mesmo erro poderá ser bloqueado definitivamente … E viva a liberdade de expressão sempre torci por esse dia…..
???
Os donos do facebook se identificam com a esquerda. Não é a toa que várias páginas de direita sofrem ban temporário ou permanente direto.
E ele não vai bloquear teu perfil por fazer comentários em sites de direita ou esquerda, vai bloquear se você for denunciado por alguma coisa.
A esquerda quando a página cai por denúncias no Facebook volta com a página verificada, diferente da direita que perde de vez a página.
BACACA AUTORITÁRIO DE ESTRUME