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O novo processador da IBM é bem parecidos com o seu cérebro

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A IBM apresentou seu novo processador, chamado de TrueNorth. Além de receber nova nomenclatura, o novo chip é construído de forma semelhante ao que seu cérebro faz hoje. Desta forma, poderemos inaugurar uma nova era (que termo mais anos 70!) da computação. A computação neuromórfica.

A IBM apresentou seu novo processador, chamado de TrueNorth. Além de receber nova nomenclatura, o novo chip é construído de forma semelhante ao que seu cérebro faz hoje. Desta forma, poderemos inaugurar uma nova era (que termo mais anos 70!) da computação. A computação neuromórfica.

Meu cérebro?

Ao invés de alinhar bilhões de transistores, o TrueNorth coloca tudo em uma rede paralela de 256 milhões de conexões e que conversam com milhões destes “neurônios”. Nosso cérebro funciona exatamente assim. Toda a comunicação entre neurônios que temos é feita com base em conexões paralelas e que são chamadas de sinapses, nada lineares. É justamente por isso que algumas ações ou reflexos ativam áreas diferentes ao mesmo tempo no cérebro. Com esta estrutura em mente, os processadores podem economizar muita energia e aumentar o desempenho, em uma escala muito maior e muito mais rápida do que o que você pensa como “futuro”.

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TrueNorth, alinhado em 16 processadores no NS16e

Em um exemplo, o chip da IBM foi desafiado a classificar uma foto – entender o que está nela. O TrueNorth conseguiu analisar o objeto com velocidade que estava oscilando entre 1.200 e 2.600 quadros por segundo. Enquanto analisava em tamanha velocidade, o consumo de energia ficava na casa entre 25 e 275 mW. São aproximadamente 6 mil fps por Watt. Não há um padrão de consumo que seria feito em uma GPU atual, mas placas gráficas comem entre 200 e 250 watts. Na conta anterior, 1 mW equivale a 0,001 Watt. Colocar 250 Watts na calculadora, entrega 250 mil mW. Entendeu?

Aplicando na vida real

O problema com qualquer novidade que assusta tanto na economia de energia, está na aplicação imediata. Por enquanto espere apenas empresas como Facebook, Apple e Google colocando a mão nestes novos chips. Pensando que estas empresas colocam super computadores em rede, 24 horas por dia, seria uma economia gigantesca em conta de energia. E em tempo gasto para cada processo, que será muito menor. Olhando para eles, vale o investimento.

Pensando em resolver este problema para o usuário, num futuro próximo, encontro algumas soluções que podem deixar de estar na nuvem. Imagine o reconhecimento de imagens tão poderoso quanto o Google Fotos, só que no seu smartphone e longe da internet. É possível. Ou então um smartwatch que consegue traduzir tudo em tempo real, sem conexão com a rede e de forma local. Também.

Sentando no mundo real, mas nem tanto, há rumores do Google estar de posse deste processador neuromórfico. A Qualcomm já confirmou que conta com capacidade neuromórfica quase que pronta para os próximos Snapdragon, marca de processador para muitos smartphones, tablets e smartwatches.

Ter este poder de de fogo, junto com baixo consumo, é bacana em smartphones e tudo que é móvel. Porém, acredito que o melhor lugar para tanta velocidade na tomada de decisões está nos carros autônomos. Por lá, quanto maior é a velocidade na hora da decisão, maior é a possibilidade de sobrevivência dos ocupantes do veículo. Nestes carros sim, é neles que eu eu mais espero ver o TrueNorth.

Fonte: ExtremeTech.

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