Servidor do cnpq queima e deixa plataforma lattes fora do ar

Servidor do CNPq queima e deixa Plataforma Lattes fora do ar

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Apesar da instabilidade que deixou a Plataforma Lattes fora do ar, o CNPq já está providenciando seu retorno e informa que nenhum dado foi perdido

Na tarde desta segunda-feira, 26, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) informou que um servidor do órgão queimou, deixando a plataforma Lattes fora do ar, essa que é de fundamental importância para registro de pesquisas, currículos de estudantes e profissionais, assim como os mais variados dados científicos.

A princípio muitos professores e pesquisadores estavam tentando acessar a Plataforma Lattes mas não conseguiam, e ao procurarem o órgão que gerencia a tecnologia, o CNPq, foram informados que o servidor havia sido queimado. Através das redes sociais, a conta oficial do CNPq confirmou que houve tal subtração e estão trabalhando para recuperar o que pode ter sido perdido, priorizando os currículos que estavam na Plataforma Lattes.

O CNPq informa que segue em esforço conjunto com o @mcti para o restabelecimento dos sistemas após evento que causou a indisponibilidade das plataformas. A prioridade é restaurar o acesso aos currículos na Plataforma Lattes o mais rápido possível.

Conta oficial do CNPq no Twitter

O que é a Plataforma Lattes?

A Plataforma Lattes é uma tecnologia que está disposta num servidor do CNPq, onde são guardadas várias informações acerca de ciência e tecnologia, tais como:

  • Diretório de Instituições;
  • Diretório dos Grupos de Pesquisa;
  • Ferramentas de Buscas;
  • Formulários Lattes de propostas;
  • Sistema de Currículos Lattes;
  • Sistema Gerencial de Fomento.

Trata-se de um “único Sistema de Informações”, facilitando o acesso destes aos envolvidos e interessados, pois tudo está concentrado num só local. Este sistema acabou se tornando exemplo em formato para coleta de informações curriculares, uma vez que outras instituições e órgãos científicos se baseiam para seus respectivos sistemas. Nela, você pode cadastrar seu currículo Lattes ou também de outros pesquisadores. O nome para a plataforma foi dado em homenagem ao pesquisador e físico brasileiro, Cesare Lattes, um dos responsáveis pela descoberta do méson pi.

César lattes, o brasileiro cuja descoberta foi premiada com nobel – jornal  do campus
Cesare Lattes. 1924 – 2005

Não há muitos detalhes sobre o “servidor queimado”, o que leva a acreditar que a maior possibilidade é de acidente, mas não há descarte para que tenha havido um possível crime. Até o momento do ocorrido, a Plataforma Lattes não continha um backup, ou seja, os dados contidos no servidor estavam completamente vulneráveis e com muitas chances de terem sido apagados para sempre.

Investimento federal na ciência

Servidor do cnpq queima e deixa plataforma lattes fora do ar

Não é novidade, para quem acompanha os noticiários, que a área científica brasileira não possui qualquer incentivo ou investimento por parte do governo federal. Só nessa última semana de julho, o governo federal vetou R$ 116 milhões do orçamento que estava destinado para pagar bolsas a cientistas do órgão. Esse valor ainda pode ser somado aos R$ 100 milhões que já foi cortado em relação ao valor que havia sido disponibilizado em 2020. A falta de um backup para o servidor da CNPq e seu consequente acidente são reflexos do descaso que a área científica atravessa nesses últimos anos.

CNPq se posiciona sobre a resolução

Hoje, 27, o órgão se manifestou novamente via rede social para informar sobre ter ficado com a Plataforma Lattes fora do ar. Eles informam que o problema que causou a indisponibilidade foi diagnosticado por empresas terceirizadas e os reparos foram iniciados. Disse também que o CNPq encontra-se com novos equipamentos para a tecnologia, assim como assegurou um backup, reforçando que não houve perda de dados. O pagamento das bolsas não será afetado, assim como prazos relacionados ao órgão serão prorrogados.

Veja também:

Mais contribuições para a ciência brasileira: como funciona a Butanvac.

Fonte: Twitter.

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