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REVIEW: The Last of Us: Part II é uma experiência brutal e marcante no PS4

Avatar de luís antônio costa
Prepare seu coração e viva uma história envolvente com Ellie e outras personagens em The Last of Us: Part II

Depois de alguns atrasos e problemas de vazamento de informações do game, finalmente a continuação da história de Joel e Ellie — duas personagens marcadas pelo terror e devastação que a pandemia de um vírus de origem fungal causou ao mundo — tem uma continuação mais do que merecida. 

A Sony cedeu uma cópia digital de testes de The Last of Us Part II para o PlayStation 4 ao Showmetech e, depois de mais de 20 horas mergulhado em uma história envolvente e em um gameplay refinado, trazemos uma análise completa do jogo, livre de spoilers.

Sede de vingança

Antes de tudo The Last of Us Part II é uma história sobre vingança. Ao contrário do primeiro game que mesclava momentos de esperança e perseverança com passagens aterrorizantes e desesperadoras, seu sucessor foca na vingança e na máxima de “fazer justiça com as próprias mãos”, assim como em toda a nuance de sentimentos e consequências que essa palavra e suas ações podem carregar.

Em termos de narrativa, a história de The Last of Us Part II é digna de um roteiro de filme de sucesso ou uma obra literária de primeira classe. Cada passagem é encaixada de forma surpreendente, fazendo com que todas as diversas sequências de acontecimentos que compõe o game se unam como uma colcha de retalhos bem costurada e formem uma pintura que você se emociona ao poder observar completa.

Todas as personagens — mesmo aquelas que possuem participação mais curta na história — são bem desenvolvidos e tão “humanos” quanto pessoas de verdade. O jogador irá se envolver profundamente com cada uma das personagens e esse talvez seja o maior trunfo do jogo: mexer com a emoção do jogador, uma vez que será difícil lidar com um turbilhão de sentimentos em situações inesperadas.

Ellie ameaçando personagem
O jogo faz o jogador se questionar o quão longe você iria por vingança?

Não necessariamente apenas com Ellie, mas todos os personagens possuem facetas tão diferentes que não é de surpreender se o jogador não conseguir torcer para uma personagem em específico sobreviver, ou ser capaz de completar sua missão. Todos eles possuem suas qualidades e falhas, e um mundo devastado e opressor os força até o limite de sua humanidade.

Enquanto no primeiro game os zumbis criados pela infecção do Cordyceps tinham um destaque maior e o jogador precisava lutar para sobreviver aos encontros com essas criaturas, em The Last of Us Part II eles não passam de um pano de fundo bem montado que cria o contexto de toda a história. Você irá encontrar zumbis e outros tipos de criaturas ferozes, mas eles não seu verdadeiro inimigo. Talvez, no fim, seja você mesmo seu pior pesadelo.

Ellie observando inimigos - the last of us: part ii
Você precisa sempre ficar atento aos inimigos à sua volta, sejam eles zumbis o humanos

Fazendo o que precisa ser feito em The Last of Us: Part II

Dessa vez, não é apenas a história que é maior e mais densa, mas o mundo de Joel e Ellie parece muito maior (e mais perigoso também). O desenvolvimento da trama permanece de forma totalmente linear, mas agora o mundo está mais “aberto” para que o jogador possa explorá-lo. Cada pedaço de documento ou item perdido encontrado é uma história em paralelo que torna essa realidade tão envolvente e esse mundo um livro esperando para ser lido.

Ellie nadando em direção ao hospital
Em The Last of Us Parte 2, o mundo parece mais vivo e você pode interagir mais com o ambiente

Uma vez que seus recursos são limitados (mesmo no modo “moderado” do game), toda situação de combate inevitável força o jogador a investigar seus arredores. É recomendável verificar cada loja, cada casa e qualquer canto que você possa se esgueirar para encontrar itens e fabricar o arsenal de equipamentos que irá precisar para os enfrentamentos (sejam eles com zumbis ou humanos).

Além disso, o mundo de The Last of Us Part II não é apenas mais deslumbrante de se admirar, mas também parece mais vivo do que nunca. A grama reage aos movimentos das personagens, paredes podem ser destruídas por alguns tipos de inimigos e cada canto pode esconder um item ou uma nova história para descobrir. A transição sem mudanças de cutscene para gameplay aumenta a imersão do jogador e apenas deixa o mundo do game mais realista e vibrante.

Ellie rastejando em um duto de ventilação
Você precisa explorar todo o ambiente para saber qual a melhor estratégia para alcançar seu objetivo

Quem já teve a oportunidade de jogar o primeiro game irá se sentir em casa com o sistema de armas, fabricação de componentes e aquisição de habilidades. Todas as principais mecânicas continuam as mesmas, mas em The Last of Us Part II elas estão mais refinadas. As armas tem uma mecânica mais realista e o comportamento dos inimigos é mais imprevisível do que nunca.

O jogador precisará enfrentar três tipos de inimigos principais: os zumbis, os militares da WLF (Washington Liberation Front) e os caçadores do clã Scars. Cada tipo de adversário tem padrões de ataque e comportamentos diferentes quando estão sozinhos ou em bando. Dessa forma, o jogo parte para uma abordagem mais realista do combate. 

Ellie atirando do chão
O combate está mais dinâmico e realista, então tome cuidado com seus inimigos

Não é possível simplesmente atacar os inimigos diretamente. Alguns poucos tiros ou flechas já são suficientes para derrubá-los para trás e deixá-los vulneráveis a ataques. Por isso, mais do que nunca, é altamente recomendável que o jogador invista em uma abordagem mais furtiva e pense em estratégias para se livrar dos perigos. Porém, nunca se esqueça que fugir também é uma opção muito válida, dependendo da situação em que você se encontra.

Apesar de serem poucos momentos, o jogador irá ter alguns encontros com inimigos mais poderosos (semelhantes a boss fights) em que você irá precisar bolar uma boa estratégia para utilizar seus recursos e o ambiente a seu favor para sair vivo. Os puzzles também fazem seu retorno, e não serão poucas as sequências em que você terá que pensar formas de atravessar áreas que parecem bloqueadas.

Ellie atacando um inimigo
Evite combates corpo-a-corpo, pois a furtividade sempre será a melhor estratégia

Seja o combate refinado ou mesmo as sequências que envolvem quebra-cabeças, todos esses elementos estão presentes em The Last of Us Part II na medida certa. Nada parece exagerado. Cada encontro com inimigos ocorre no momento certo da trama e cada resolução de puzzle mostra a você que o mundo não é apenas um pano de fundo no game, mas outro inimigo que você precisa lidar.

Continuar sobrevivendo, acima de tudo

Invariavelmente o jogador irá chegar ao final da história de The Last of Us: Part II com sua estrutura emocional completamente abalada. Da mesma forma que o jogo marca os personagens de forma profunda, o jogador irá sair dessa montanha-russa de emoções com o coração apertado, como se tivesse vivido uma experiência com pessoas reais.

The Last of Us Part II pode ser uma história onde a vingança ganha um papel de destaque, mas ela é uma história de sobrevivência, acima de tudo. As personagens estão lutando a todo instante, seja contra zumbis, humanos, o mundo ou até mesmo contra elas mesmas e seus sentimentos. Lutando para vencer os terrores externos e internos que devastaram a sociedade e revelaram o aspecto mais cruel e brutal da humanidade.

“The Last of Us: Part II é uma experiência narrativa sem precedentes no universo dos games. Uma jornada que une história e gameplay de forma sublime e profunda.”

Talvez algumas sequências de cutscenes (curtas ou longas) que se misturam com momentos em que o jogador precisa interagir com outras personagens ou elementos do ambiente possam parecer exageradas – ou até mesmo desnecessárias – quando se vislumbra o panorama geral do game, mas não podemos simplesmente descartá-las. Cada elemento narrativo de The Last of Us: Part II tem sua devida importância e significado e, como uma ópera, se você modificar uma nota ou remover um instrumento, a composição inteira é destruída.

Ao final de mais de 20 horas de exploração, tiros, fugas e um turbilhão de emoções, podemos dizer, sem qualquer sombra de dúvida que The Last of Us: Part II é uma experiência narrativa sem precedentes no universo dos games. Uma jornada que une história e gameplay de forma sublime e profunda.

Review em Vídeo

Confira abaixo o vídeo-review especial sobre o game:

O jogo será lançado no dia 19 de junho, e está disponível em pré venda na Loja do Showmetech e na Americanas.

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