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Review: pequeno DJI Mavic Air dá baile em drones mais parrudos

Avatar de heinar maracy
Servindo de média entre os demais drones da DJI, o Mavic Air agrada bastante! Entre seus pontos mais altos está a versatilidade.

Antes da chegada do Mavic Air, a linha de drones da DJI era bastante simples. Tínhamos o Spark, um drone divertido, mas quase um brinquedo. Este era destinado aos hobbystas, geeks interessados em dirigir e filmar com um pequeno artefato voador nos fins de semana.

Em seguida, vinha o Mavic Pro, voltado para esportistas e youtubers que queriam colocar tomadas aéreas em seus vídeos. Finalmente, no topo, tínhamos a linha Phantom. É a indicada para profissionais de foto e vídeo, com capacidade bem superior de captação de imagens, autonomia e precisão de controle.

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Seu lugar na família DJI

O Mavic Air veio embolar o meio de campo, com características iguais ou até superiores ao Mavic Pro. Além disso, ele é bem menor e ampliou funções divertidas encontradas no Spark, como o controle por gestos. Se você se encaixa no perfil de usuário do Mavic Pro pode escolher o Mavic Air sem medo. Ele custa R$ 4.000, em média. Se tiver mil reais a mais, em vez de comprar o Pro, invista em baterias extras.

Uma das principais diferenças entre os dois modelos é o tempo de autonomia. São, em média, 18 minutos de vôo para o Mavic Air contra 25 minutos do Pro. Outra diferença fundamental é o controle. O do Pro possui uma tela de LCD que permite maior precisão na navegação. Além disso, ele tem um tipo de conexão (OccuSync) que permite ao drone se afastar de você em até 7km (contra apenas 4km do Air).

Ou seja, fora essas questões, o Air traz grandes vantagens em relação ao Pro, ou pelo menos chega bem perto de suas características. Sem mais delongas, vamos a elas.

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Design

Pesando menos de meio quilo (430 gramas) e pouco maior que um iPhone X, o Mavic Air é um prodígio da miniaturização. Mesmo assim, ao contrário de minidrones mais baratos, ele é muito fácil de manobrar, com uma estabilidade impressionante. Ele tem a metade do tamanho do Pro e é 43% mais leve, cabendo em qualquer mochila ou até mesmo no bolso de um casaco. Mais um motivo para esportistas ou quem quer levar um drone em viagem.

Toda essa miniaturização trouxe um pequeno contratempo: o cartão miniSD ficou difícil de ser colocado e retirado na minúscula fenda traseira do drone. Quem tiver dedos mais gordinhos com certeza vai ter que adicionar uma pinça aos acessórios do seu drone.

Mesmo assim, o design é primoroso, lembrando um carro de corrida (tem até um modelo vermelho). O uso é bastante intuitivo. Aperte duas vezes o botão da bateria, o mesmo com o botão de ligar do controle, plugue seu smartphone a ele, abra o app DJI Go 4 (o mesmo para todos os drones da empresa) e voe. Em nossos testes, tivemos um problema inexplicado (Erro 200) após um update do aplicativo, mas foi facilmente resolvido restaurando as configurações de fábrica do drone.

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Memória Interna

Uma exclusividade do Mavic Air é sua memória interna de 8GB. Isso é algo que nem os modelos profissionais da DJI têm (até o momento). Assim, isso é um enorme avanço e provavelmente será incorporado em outros modelos. Uma das piores frustrações de quem filma com drone é se deparar repentinamente com um cartão MicroSD que resolve não funcionar de uma hora para outra. Ter 8 GB de memória interna pode salvar seu projeto.

O controle que acompanha o drone não tem a tela de LCD do Mavic Pro, mas traz alguns avanços. De cara, o que você nota são os microjoysticks em separado, que precisam ser rosqueados ao controle. Isso torna o controle mais portátil.

Por exemplo, ele permite que você coloque o drone em um bolso da sua calça e o controle no outro, antes de escalar um morro ou fazer uma trilha. Mas é bom ter muito cuidado para não perder o joystickzinho no mato senão adeus filmagem. Felizmente o produto possui dois sobressalentes no pacote. Cabos para celular Android e iPhone também estão no pacote.

O controle do Mavic Air se comunica com o drone através de um sistema Wi-Fi da DJI inferior à tecnologia OcuSync utilizada no Mavic Pro. Entretanto, isso só representa uma desvantagem quando você controla o drone a uma distância muito grande. Isso  não é muito comum. Em nossos testes, não percebi nenhum problema de comunicação com o drone. As imagens na tela do smartphone permaneceram claras e fluidas o tempo todo. Mas, não cheguei nem perto do limite de 4km de alcance do sinal.

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Câmera

O Mavic Air tira fotos em 12 megapixels em RAW ou JPG, o que permite captar imagens com definição impressionante. Tem regulagem de ISO de 100 a 3200, modo de disparo múltiplo de 7fps e modo panorâmico capaz de juntar 25 imagens em uma foto esférica de 33,6 megapixels, além do tradicional panorama em 180 graus. Faz fotos em HDR, função que funde automaticamente várias fotos com diferentes exposições para melhorar o resultado.

O dronezinho capta vídeo em 4K e pode utilizar velocidade de 120fps ao filmar em 1080p, fazendo lindos vídeos em câmera lenta (a câmera do Mavic Pro faz vídeos a apenas 96 fps). Além disso, o bitrate também é maior no Mavic Air, de 120 mbps contra 60 mbps no Pro.

O gimbal (o estabilizador da câmera) do Air possui três eixos, o que permite fazer filmes incrivelmente suaves sem trepidação. Utilizei inclusive o drone como “steadycam de mão” em uma festa de aniversário com ótimos resultados. A capinha que protege a câmera e o gimbal é muito fácil de colocar e tirar, mais um ponto para o Mavic Air.

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Controle por gestos

Impressione os amigos controlando seu drone utilizando “A Força”. É uma brincadeira que, com o Mavic Air, ganha um novo patamar. O Mavic Pro já permitia disparar fotos fazendo um quadrado com as mãos na frente do drone. O Spark aumentou o controle gestual, permitindo fazer o drone voar apenas levantando a mão em sua frente (PalmLaunch). O Mavic Air ampliou esse controle. Ele dá a você a opção de manobrá-lo afastando e juntando as mãos. Além disso, permite tirar uma selfie apenas fazendo o sinal de Paz & Amor.

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Quickshots

Entre os modos de voo inteligentes do Mavic Air estão os Quickshots. São rotinas de filmagem pré-programadas onde você só precisa selecionar um objeto para que o drone faça o serviço. São seis modos QuickShot.

No Rocket, o drone sobe apontando a câmera para baixo. Com o Dronie, ele se afasta de ré focalizando o objeto. No Circle ele rodeia o objeto. No modo Helix, o drone sobe em espiral. Por sua vez, no Asteroid ele se afasta do objeto e termina a gravação criando o efeito planetinha/panorâma esférico). Além disso, no modo Boomerang, o drone sobe e desce em espiral.

É preciso ter muito cuidado ao optar por um desses modos. O vôo automático não permite controlar o aparelho para evitar eventuais obstáculos no caminho. Além disso, é bom notar que o Mavic Air possui sensores de detecção de obstáculos na frente, abaixo e na traseira, perdendo apenas para o Phantom 4 Pro em número de sensores.

Conclusão

Com o Mavic Air, a DJI tornou as coisas um pouco confusas para quem quer comprar seu primeiro drone. Entretanto, isso é uma decorrência da agilidade da empresa, que lança drones com novas tecnologias em um tempo equivalente a empresas de celular.

É bem provável que um “Mavic Pro 2” apareça em breve aumentando a distância entre ele e o irmão menor. É notável os avanços que ela colocou em seus modelos de dois anos para cá. Mais notável ainda é a velocidade com a qual ela atualiza seu software. Nas poucas semanas de teste, tive que fazer vários updates do aplicativo e do firmware do drone. Ou seja, isso gera uma preocupação maior – é sempre bom checar atualizações de firmware e aplicativo antes de sair em campo. Por outro lado, dá a segurança de que seu drone vai estar sempre de acordo com a legislação vigente.

Dá para recomendar o Mavic Air sem medo para qualquer pessoa interessada em fazer fotos e vídeos aéreos. Sua qualidade de imagem, alcance e estabilidade são excelentes. Para os que precisam de mais qualidade – fotos para impressão ou vídeos para TV, por exemplo – é melhor partir direto para o Phantom Pro. Mas a versatilidade combinada com algumas funcionalides extras do Air agrada bastante.

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