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Review: Assassin’s Creed Origins é uma jornada incrível pelo Egito Antigo

Avatar de luís antônio costa
Entre na pele de Bayek, um Medjay do Egito Antigo que luta pela liberdade, justiça e vingança.

Depois de mais de um ano sem um nova entrada na franquia, a série Assassin’s Creed retorna em grande estilo para levar o jogador a uma jornada espetacular pelo Egito Antigo. Assassin’s Creed Origins se destaca como um dos melhores títulos da série com uma jogabilidade excelente e uma história envolvente dentros de uma ambientação que enche os olhos do espectador.

A reinvenção da série

Antes de começarmos a falar sobre o game propriamente dito, precisamos entender como Origins é um game tão especial nessa franquia da Ubisoft. Ao mesmo tempo em que jogo apresenta novos elementos e traz um certo “frescor” para a série, ele consegue resgatar tudo que fez de Assassin’s Creed o sucesso que ele é hoje.

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Primeiramente, devemos parabenizar a Ubisoft por ter escolhido o Egito Antigo como ambientação do game. Desde o primeiro Assassin’s Creed, cada game da série estava avançando no tempo: começando com as Cruzadas, passando pelo Renascinento, Revolução Americana, Piratas, Revolução Francesa e Revolução Industrial.

Todos esperavam que, o passo natural do próximo game da franquia seria se passar em uma época mais recente. Porém, a Ubisoft decidiu dar um “passo” para trás, mas de forma inteligente.

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Escolher o passado como cenário do game é ser capaz de permitir que a equipe de pesquisa histórica e produção artística da Ubisoft mostre todo seu talento em recriar com alta fidelidade o mundo da Antiguidade. Em Origins, tudo é construído com cuidado extremo em cada detalhe, desde as roupas, localidades e até mesmo os hieróglifos que, de acordo com especialistas, estão corretos. E não é uma tarefa simples: estamos falando de um período histórico que cobre cerca de 100 anos antes de Cristo.

Certamente uma das melhores modificações do game foi permitir que o personagem corresse naturalmente. Agora não é mais necessário segurar um botão extra para aumentar a velocidade do protagonista, sendo que você pode controlar seu passo apenas com o mover de um analógico do controle ou uma tecla no teclado.

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Isso pode parecer uma mudança pequena, mas jogadores que como eu, já estão acostumados às mecânicas da série, essa novidade facilita muito a jogabilidade.

A famosa “Eagle Vision” que os assassinos possuem lhes permite identificar o ambiente ao seu redor, marcando inimigos e aliados e até mesmo detalhes imperceptíveis a olho nu. Esse sexto sentido sempre esteve presente desde o início da série e sofreu várias modificações ao longo dos games.

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Em Origins ele foi substituído pelo Animus Pulse, um pulso que revela apenas alguns elementos do ambiente. Agora, se você quiser observar mais seus inimigos você realmente terá que usar uma águia de verdade.

Isso por acaso lembra um pouco Far Cry? Pois é, não é apenas uma coincidência. Aqueles que já jogaram os games desse outra franquia de sucesso da Ubisoft vão sentir que Assassin’s Creed Origins toma emprestado muitas mecânicas já consolidadas em Far Cry.

Mas isso é ruim? Quer dizer, pode parecer a alguns que a Ubisoft está sem ideias e apenas reciclando elementos de suas franquias entre si. Porém, é exatamente o contrário.

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Muitas das mecânicas de Far Cry como identificar inimigos utilizando binóculos ou a visão de animais (como no caso de Far Cry Primal com a coruja) se encaixam perfeitamente no universo dos assassinos.

Além disso, essa funcionalidade permite um nível completamente de estratégia, exigindo que o jogador escolha com cuidado de que forma vai atacar um grupo de inimigos ou atingir um objetivo sem atrair muita atenção.

Aventuras nas areias do deserto

Algo que muitos fãs da série irão sentir falta é dos objetivos secundários de cada missão. Uma das principais premissas desde o segundo game era que para atingir o grau máximo de sincronização com seu antepassado através do Animus, o jogador precisava cumprir as missões da forma exata como elas aconteceram no passado.

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Por exemplo, você pode simplesmente matar todos os guardas que protegem seu alvo ou… Você pode utilizar métodos furtivos para escapar ao combate e desferir o golpe final com mais facilidade.

Em Origins, esses objetivos secundários foram excluídos. Agora, o jogador não perde sincronização com o personagem se não realizar uma missão de uma certa forma.

Essa opção da Ubisoft age como uma espada de dois-gumes: é boa no sentido de dar mais liberdade ao jogador para experienciar o game da forma que achar melhor, mas é ruim no sentido de que o usuário pode acabar negligenciando a furtividade, o elemento-chave da série.

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Porém, a estrutura do jogo ainda possui uma certa forma de “punição” para aqueles jogadores que simplesmente decidirem “virar a mesa” e partirem para o ataque direto sem planejamento.

Em quase todas as missões do game, optar por investigar o ambiente ao seu redor, identificar os inimigos e oportunidades de ataque são as melhores formas de terminar uma missão de forma rápida e sem dores de cabeça.

Isso porque a IA dos inimigos em Origins ganhou alguns upgrades e downgrades ao mesmo tempo, em comparação com os games anteriores. Por exemplo, os inimigos agora demoram para detectar você à distância, porém se você estiver escondido em vegetação alta e eles se aproximarem, é combate na certa!

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Além disso, compensando o fato de que os inimigos não perseguem o personagem após sua detecção por muito tempo, agora eles estão muito mais agressivos e coordenados.

É imprenscindivel evitar combates desnecessários, pois em diversas situações em que me encontrava cara-a-cara com apenas um adversário, em questão de segundos me vi cercado de inimigos que não conseguia dar conta.

Os combates de Origins podem ter evoluídos e terem se tornado mais desafiadores, fluídos e exigentes, mas a hidden blade e uma boa técnica furtiva ainda são suas melhores companheiras ao longo do game.

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Aliás, os combates de Origins estão completamente diferentes do que os fãs da série estavam acostumados. Além de uma IA melhorada, agora o jogador pode-se utilizar de certas táticas de games como a série Souls ou Bloodborne. Não, não estamos falando de adversários extremamente fortes ou lutas complexas, mas sim de combates mais elaborados.

O jogador pode travar a mira em um inimigo em particular, desviar dos golpes e utilizar dois tipos de ataques (um leve e rápido e outro mais lento, porém poderoso). Contra inimigos de nível mais alto, é altamente recomendável que você planeja seus passos antes de partir para o ataque direto.

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E além do sistema de nivelamento do personagem, com árvores de habilidades e tudo o mais, que faz seu retorno como em Syndicate, agora o jogador possui um sistema mais elaborado de armas.

Além de ser possível coletar algumas armas de inimigos derrotados, você pode manejar com mais liberdade seu equipamento, escolhendo o que deseja melhorar com ferreiros ou mesmo desmanchar armas para conseguir mais componentes especiais.

Pelo Poder de Rá!

Vamos tentar poupar nossos leitores ao máximo de spoilers da trama do game, porém, se você é fã de surpresas, recomendamos que pulem essa parte da análise! Assassins’s Creed Origins continua a contar a batalha entre Assassinos e Templários pela liberdade da humanidade. Bem, pelo menos na parte do presente do game.

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Como o título do game sugere, a história principal de Origins trata do nascimento da Irmandade dos Assassinos no Egito Antigo.

Dessa vez, uma das agentes da Abstergo (a fachada atual para a Ordem dos Templários) está revisitando as memórias de Bayek de Siwa, um Medjay do Egito Antigo. Esse grupo era a guarda de elite dos faraós, porém, depois que Ptolomeu assumiu o trono do reino, Bayek tentou viver uma vida tranquila com sua mulher Aya, até que uma tragédia destruiu suas vidas.

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Agora, o jogador precisa mergulhar em uma aventura alucinante pelas areias do Egito junto de Bayek enquanto ele e sua mulher lutam para desmascarar uma conspiração que está levando caos à região. O destaque dessa história fica por conta da interação do personagem com figuras históricas como Cleoprata e Júlio César.

A Ubisoft sempre toma algumas liberdades poéticas quando se tratam de temas históricos, mas sempre consegue ótimos resultados ao misturar realidade com ficção.

Bayek não possui o charme de Ezio, um dos protagonistas mais adorados da franquia, mas ele certamente consegue cativar o jogador. A atuação de Bayek diante das várias situações em que é exposto é muito sincera e, ao final da longa jornada de mais de 20 horas de jogo, o jogador consegue sentir que criou um laço com o personagem e sua história.

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O único porém talvez seja a forma fraca como a trama termina. Parece que a Ubisoft é capaz de prender o jogador em um enredo que vai crescendo e se expandindo, mas sempre acaba “implodindo” no final, sem atingir um clímax apropriado.

Ao contrário das entradas anteriores da série, Origins possui uma grande quantidade de missões secundárias. Seguindo o estilo de The Witcher 3, o jogador irá conseguir se conectar muito mais com o personagem, a história e o ambiente ao cumprir essas missões.

Além disso, boa parte delas possuem enredos interessantes e ajudam o usuário a compreender um pouco mais como funcionava a vida e o dia a dia dos habitantes do Egito Antigo.

Anúbis nos aguarda

Assassin’s Creed Origins é o melhor jogo da série? Não. Porém, ele chega muito perto disso. A Ubisoft conseguiu reunir em apenas um título todos os elementos que já consagraram a fama da franquia e adicionaram novas mecânicas que não fazem os assassinos perderem sua “essência”.

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Certamente é o game mais bonito da série até o momento, com um cuidado estético incrível aos detalhes e uma recriação histórica tão perto da perfeição da Antiguidade que não é de surpreender que muitos jogadores às vezes fiquem mais tempo admirando os cenários do que fazendo as missões de fato.

E falando em beleza, incluir o Photo Mode no game foi uma ótima decisão para que os jogadores possam desfrutar mais das paisagens criadas pelo game. Além de o usuário poder montar a imagem da forma que quiser, cada foto tirada é incluída no mapa do jogo, em que outros jogadores podem visualizar, curtir e compartilhar as fotos em outros locais.

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Em um mapa que até o momento é o maior da série, essa funcionalidade torna-se uma espécie de “guia turístico” personalizado.

Depois de explorar cada canto desse Egito histórico recriado de forma fantástica, é impossível não ficar com aquele gostinho de “quero mais”. Felizmente, a quantidade de missões secundárias que o game oferece como lutas com animais, exploração de tumbas, entre outros, permite entreter o jogador por muitas horas depois de terminar a história principal.

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Por enquanto, é questão de esperar pelos DLCs do game que devem ser lançados no final desse ano e no começo de 2018. Vida longa não ao faraó, mas sim à Irmandade dos Assassinos!

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