Veja todos os jogos de Harry Potter até o momento

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O universo de jogos baseados em Harry Potter é extenso, com diversos títulos produzidos por diferentes empresas. Venha conferir conosco um pequeno resumo sobre eles!

De inspirações a exploração e mecânicas de Legends of Zelda a Third-Person Shooters, sem esquecer, é claro, do Simulador de Quadribol. Os jogos de Harry Potter trilharam um longo caminho nos videogames, então vamos revisitar os diversos títulos da franquia neste mercado e acompanhar sua evolução ao longo dos anos.

Desde que os filmes se tornaram uma febre mundial quando chegaram para o público em 2001 e atraíram uma legião de fãs, a EA Games, detentora dos direitos autorais dos games, produziu jogos para acompanhar o hype. Então, quando a saga dos cinemas acabou em “Relíquias da Morte”, os jogos de Harry Potter perderam um pouco de seu impacto no mercado, mas, agora, voltam ao foco graças ao lançamento de “Hogwarts Legacy”, que chega ao mercado em 10 de fevereiro, para PC, PS5 e Xbox Series S|X.

Os fãs do bruxinho que aguardam o lançamento para a geração anterior ou Nintendo Switch, contudo, precisarão esperar mais um pouco.

Hogwarts Legacy é um dos jogos mais esperados de 2023 pelos fãs de Harry Potter

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Nomeado de acordo com o primeiro filme da saga, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” mostra uma política que a EA Games parecia ter com a franquia em seus primeiros anos de lançamento: entregava os direitos de produzir títulos de videogames para diferentes desenvolvedoras disponíveis. Assim, cada plataforma que recebia esses jogos de Harry Potter obtinha um título completamente diferente da outra.

Por exemplo, as plataformas PlayStation 1, PC, Game Boy Color e Game Boy Advance ganharam diferentes versões do jogo, enquanto GameCube, PlayStation 2 e Xbox obtiveram a mesma versão. A seguir, vamos mergulhar nesses títulos para conhecê-los um pouquinho mais.

PS1 (2001)

Provavelmente a mais conhecida pelos jogadores, a versão de PlayStation 1 de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” é, até hoje, lembrada por conta de seus personagens com proporções duvidosas e também pelo Harry gritando “Flipendo”, uma magia que nunca foi citada nos livros, mas se tornou uma das principais nos jogos.

Como essa versão foi planejada enquanto o filme ainda estava em desenvolvimento, a Argonauts, empresa responsável pelo desenvolvimento do jogo, não tinha o material audiovisual para se basear, então boa parte do conteúdo do título tem como maior inspiração as histórias dos livros. Por exemplo, logo no começo da história, somos recepcionados por Dumbledore, o diretor de Hogwarts, que nos diz uma de suas frases sem sentido, que nunca apareceram no cinema.

Sob o controle de Harry, exploramos a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts reduzida para caber dentro das limitações do PS1. Ele foi feito para ser um jogo de Ação e Aventura em Terceira Pessoa, sendo que ao longo de sua jornada, o jogador podia visitar algumas partes do castelo.

Durante os eventos da história, era preciso comparecer a algumas aulas, nas quais os professores ensinavam novos feitiços que seriam úteis na exploração do mapa conforme o progresso avançasse, mas diferente do “Flipendo”, que poderia ser lançado a qualquer momento do jogo, os outros eram situacionais, tendo cenas específicas para serem úteis. Dentre os minigames disponíveis, estava o de voo, em que era necessário passar com a vassoura dentro de alguns aros antes do tempo acabar, mas os controles eram tão fracos que a experiência de voar raramente foi positiva.

Apesar de Hogwarts já ser conhecida por não ser o lugar mais seguro do mundo, sendo que em todos os livros alguma ameaça capaz de matar os alunos aparecia lá dentro, nos jogos de PS1, os perigos pareciam ainda maiores. Durante a exploração, não é difícil se encontrar com piscinas de ácido que atrapalham o caminho do jogador ou até mesmo rios de lava.

De forma geral, salvo algumas exceções, os eventos retratados aqui são fiéis aos dos livros e, para a época, a experiência não era ruim.

PC (2001)

Ao lado da versão de PlayStation 1, este título que saiu para computador, desenvolvido pela KnowWonder e também lançado durante o ano de 2001, é outra considerada uma das edições “principais” dos jogos de Harry Potter baseados no primeiro livro. Apesar de também ser feito dentro do gênero de “Ação e Aventura em Terceira Pessoa”, há muitas diferenças em relação à contraparte do PS1.

A começar pela maior capacidade gráfica dessa plataforma, que deixou os personagens com uma aparência mais agradável aos olhos dos jogadores e sem diversos bugs visuais que aconteciam na versão do console da Sony, onde, em determinados momentos, era possível ver o rosto dos personagens se deformarem, além de outros problemas com a boca. Além disso, há grande uso da capacidade dos computadores da época, gerando mais horas de gameplay.

Outro ponto de diferença está na ordem dos eventos, já que, por serem feitos por estúdios diferentes, cada um teve sua visão sobre como abordar a história dos livros dentro dos jogos. Por exemplo, na versão de PS1, conhecemos o Professor Quirrell apenas nos atos finais do jogo, onde temos uma aula com ele, enquanto na versão para PC, essa mesma cena ocorre logo no início da história.

Para tornar a experiência de soltar feitiços mais dinâmica nesta plataforma, os desenvolvedores passaram a utilizar o mouse do computador e seus movimentos resultam nas diversas magias presentes no jogo. Claro, tudo isso após você traçar as formas que aparecem na tela, em pequenos minigames.

Aula do harry potter de pc
A versão de computadores da Pedra Filosofal usava técnicas de desenho para o jogador aprender os feitiços. Imagem: WB/Reprodução

O voo, apesar de ter comandos melhorados em relação à versão para PlayStation 1, também segue a mesma lógica de controlar a vassoura pelo ar e passar por determinados pontos do mapa marcados por aros, antes que o tempo termine e seja preciso recomeçar a missão. Dessa forma, é possível perceber que, quando a EA estava negociando com as desenvolvedoras para produzirem os jogos de Harry Potter, alguns pontos precisavam ser cumpridos, mas cada uma poderia abordá-los como se sentisse melhor, surgindo assim títulos parecidos de longe, mas com grandes diferenças quando jogados.

No fim, para a época em que foi lançado, a versão de PC de Harry Potter e a Pedra Filosofal também é bem feita, mas que se jogada hoje em dia, pode acabar com o sentimento de nostalgia de quem cresceu com esse título no computador. Além disso, é impossível comparar com o de PlayStation 1, já que são bem distintos um do outro e depende mais do seu gosto.

Game Boy Color (2001)

Lançado para o console da Nintendo em 2001, essa versão de Harry Potter e a Pedra Filosofal, produzida pela Griptonite Games, tem uma das abordagens mais diferentes e interessantes dos cinco jogos lançados baseados no primeiro livro. Apesar das grandes limitações do Game Boy Color, a empresa conseguiu superar essa barreira e entregar aos jogadores uma experiência ótima, que lembra os jogos clássicos de Final Fantasy, com combates em turnos e bastante exploração de mapas.

Entretanto, mesmo com uma boa ideia, é possível ver que essa versão teve um pouco de seu potencial desperdiçado, já que apenas podemos controlar Harry Potter durante as batalhas contra os diversos inimigos, o que é estranho, já que os fãs devem lembrar que na maior parte do tempo, ele está acompanhado por seus dois melhores amigos: Ron e Hermione. Hogwarts também não se parece em nada com o Castelo de Magia e Bruxaria que os fãs estão acostumados, já que suas decorações não fazem muito sentido, com estátuas e quadros estranhos.

De qualquer forma, a versão de Game Boy Color está entre as versões mais fiéis aos livros, em que a grande parte dos eventos acontecem conforme relatado nas páginas, sendo que, ocasionalmente, algumas coisas mudam para se adaptar à mídia de videogame.

Harry potter de gbc
Hogwarts sempre foi conhecida por ser uma escola estranha, mas as estátuas desse jogo tornavam tudo ainda mais bizarro. Imagem: WB/Reprodução

Game Boy Advance (2001)

Outro título desenvolvido pela Griptonite Games para um console portátil da Nintendo, era esperado que essa versão seguisse pela mesma lógica do Game Boy Color, sendo um RPG de turnos e aproveitando melhor o potencial do novo console, para tornar a experiência do jogador ainda melhor, correto?

Errado! Essa edição de Harry Potter e a Pedra Filosofal é outro jogo, diferente do que a Griptonite fez na mesma época para o GBC, e todos os conceitos foram deixados de lado. Os jogadores de Game Boy Advance receberam um jogo “Top-Down” de quebra-cabeças, onde não há tantas opções e possibilidades quanto as outras versões. Os eventos se desenvolvem de forma simples, entre aulas, desafios e coleta de itens pelos mapas.

Veja todos os jogos de harry potter até o momento. O universo de jogos baseados em harry potter é extenso, com diversos títulos produzidos por diferentes empresas. Venha conferir conosco um pequeno resumo sobre eles!
O Castelo da versão de Game Boy Advance de A Pedra Filosofal queria matar os alunos a todo custo. Imagem: WB/Reprodução

Segundo “BenGolus”, no Reddit, um dos desenvolvedores que trabalhou na versão de PC do jogo e auxiliou a Griptonite a criar os dois títulos para o Game Boy, os jogos foram feitos pelas mesmas 8 pessoas, que precisaram criar produtos completamente diferentes em pouco mais de seis meses. Talvez isso explique porque as versões tenham dado o sentimento de não estarem completamente desenvolvidas em seus respectivos lançamentos. 

Além disso, devido às limitações do Game Boy Advance, alguns minigames, como o icônico quadribol, precisaram ser refeitos para funcionar no console. Infelizmente, o resultado não ficou mais divertido do que era nos computadores ou outros videogames.

PS2, GameCube e Xbox (2003)

A história da versão do jogo de Harry Potter que apareceu nesses consoles é um pouco complexa, porque ele não foi produzido em simultâneo com as outras quatro edições para acompanhar o lançamento de “A Pedra Filosofal” nos cinemas, mas sim para preencher o calendário da EA sem lançamentos da franquia entre o segundo e o terceiro filme. Já que entre esses dois títulos, houveram dois anos de espaço.

A versão de PS2 do jogo era uma das mais bonitas

Então, Harry Potter e a Pedra Filosofal, apesar de ser visualmente superior à grande maioria de seus equivalentes para o primeiro ano do personagem, reaproveita muitos dos modelos, cenários e demais funções já produzidas no passado para o lançamento de “A Câmara Secreta”, para essas três plataformas em 2002, uma estratégia utilizada por muito tempo na franquia.

Sendo assim, apesar de ser um bom jogo e recomendado para todos os fãs do universo, principalmente pela liberdade que dava em comparação aos demais, ele era apenas um copiar e colar, com algumas mudanças pontuais na história. Por isso, falaremos mais sobre as mecânicas dele quando abordarmos os próximos filmes!

Harry Potter e a Câmara Secreta

Após sermos apresentados ao maravilhoso e mágico mundo de Harry Potter nos cinemas em 2001, não demorou muito para que a sua continuação se tornasse esperada. Então, no ano seguinte, as pessoas voltavam ao cinema para continuar a acompanhar essa história. Agora, conforme o público do filme envelhecia, ela passava a trabalhar com temas mais sombrios, mostrando que Hogwarts nunca foi um lugar seguro para Harry — algo que o elfo doméstico, Dobby, tentou avisá-lo em diversos momentos.

Nos cinemas, o filme foi um sucesso. Na época do seu lançamento, ficou entre as cinco obras que mais arrecadaram na história. Entretanto, como foram os jogos de Harry Potter e a Câmara Secreta nos consoles? Já adianto, antes de debater cada um dos cinco lançamentos, novamente individuais para cada plataforma, que a grande maioria seguiu a mesma lógica dos seus antecessores, com poucas evoluções — isso devido ao curto período entre os filmes.

Então, sem mais delongas, vamos lá!

PS1 (2002)

Apesar de na época o PlayStation 2, assim como os demais consoles da sexta geração de videogame, serem as grandes novidades do mercado, o PS1 ainda recebeu a versão do segundo filme de Harry Potter para a plataforma, sendo essa a última que saiu para ele. Entretanto, como era de se esperar em uma continuação lançada com tão pouco tempo de diferença, o conteúdo reaproveitado aqui é bastante presente, com algumas evoluções nos aspectos técnicos, como os gráficos mais polidos e otimizados — felizmente, o Hagrid se manteve idêntico.

Hagrid, presente nos jogos de harry potter do ps1
Hagrid de PS1, uma verdadeira lenda entre os fãs dos jogos de Harry Potter. Imagem: WB/Reprodução

Dessa forma, a gameplay é bastante familiar, a história segue muito parecida com a contada nos livros, inclusive, novamente, acrescentando alguns conteúdos deixados de fora dos livros, tais como a presença do Pirraça — o poltergeist que sempre irritava o trio principal na história, mas nunca ganhou uma aparição nas telas de cinema — ou do Vampiro que habitava o segundo andar da Toca dos Weasleys.

Entre um evento e outro do título, o jogador precisava ir às salas de estudos, onde aprenderia novos feitiços dos professores, que, diferente do Flipendo, deveriam ser utilizados em momentos específicos dos cenários, para passar de algum desafio ou desbloquear outras áreas, o que tornava o jogo uma versão básica, mas ainda consistente. Ela era voltada principalmente as pessoas que não haviam migrado para a atual geração de consoles da época, então, a EA, em parceria com a Argonaut, que também fez essa versão, não se esforçou para produzir algo diferente — semelhante ao que acontece com o FIFA hoje em dia, quando as novas gerações de consoles aparecem no mercado.

PS2, GameCube e XBOX (2002)

Em 2002, a sexta geração de consoles estava em grande evidência e era a verdadeira potência de mercado, por conta da capacidade gráfica dos videogames e também pelos ótimos títulos que chegavam. Por isso, a versão de “A Câmara Secreta” lançada para essas três plataformas foi aquela que recebeu maior dedicação por conta das desenvolvedoras e o resultado, apesar de bom, veio também acompanhado de alguns problemas.

É impossível negar que a grande inspiração para esses jogos foi a franquia Legend of Zelda da Nintendo, que, na época, estava em sua época cartunesca de The Wind Waker para GameCube. Então, os fãs que estavam acostumados com as aventuras de Link pelas masmorras, onde em determinado ponto conseguiriam novos poderes que seriam úteis para ajudar na progressão do cenário, resolver puzzles e tudo mais, encontrariam nessa edição de Harry Potter o jogo perfeito do bruxo mais amado de todos os tempos.

A Câmara Secreta marcou a estreia da franquia na sexta geração de consoles e trouxe diversos aprimoramentos gráficos

Além disso, outra grande novidade para os consoles estava na abundância de cenas animadas e com vozes, até mesmo as expressões de diversos personagens receberam uma boa dose de dedicação dos desenvolvedores, explorando os limites dos consoles para trazer aos jogadores a melhor experiência possível enquanto viajavam pelos corredores de Hogwarts.

A EuroCom foi a desenvolvedora responsável por criar o jogo, sendo ela a principal empresa envolvida com os lançamentos de XBOX e GameCube, enquanto a EA Britânica fez a adaptação para PS2. Então, apesar de semelhantes, ainda havia algumas diferenças, com a versão da Sony tendo algumas diferenças, tal como a iluminação no cenário ou cutscenes que aconteciam em determinados momentos.

Além dessas mudanças, também havia uma nova que fez diversos fãs considerarem a versão do PlayStation 2 a melhor de todas: você podia explorar os terrenos do castelo de Hogwarts livremente em cima da vassoura e não apenas em áreas determinadas, como aconteciam nos outros dois jogos. Isso tornava a experiência de ser um aluno da escola ainda mais imersiva. Aliás, a mecânica era tão boa que foi reaproveitada e usada como base no “Copa Mundial de Quadribol”, que trouxe o esporte bruxo como o principal foco de um spin-off da franquia.

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As mecânicas em cima da vassoura eram as mais divertidas da série, até então. Imagem: WB/Reprodução

Infelizmente, todas essas novidades vieram com um preço e, segundo diversos relatos de jogadores e até mesmo da crítica na época, o jogo requeria muita paciência em determinados momentos por conta das telas de carregamento. Em alguns pontos, como abrir a porta para ir de uma sala a outra de Hogwarts ou acessar alguns menus, levavam até um minuto para serem completadas, enquanto restava ao usuário apenas esperar.

Fora esses problemas relacionados a desempenho nos consoles, Harry Potter e a Câmara Secreta era um produto completo.

PC (2002)

Apesar de os computadores da época já estarem em um nível semelhante aos consoles da atual geração, quando a versão de Harry Potter e a Câmara Secreta foi desenvolvida para essa plataforma, eles optaram por dar ao jogo um tratamento semelhante ao que aconteceu no PlayStation 1. Ou seja, utilizaram muitos dos modelos que já haviam sido criados posteriormente e acrescentaram alguns novos detalhes, além de aprimorar alguns aspectos da gameplay.

Sendo o principal deles como se aprende feitiços. Na versão de A Pedra Filosofal, era necessário fazer os desenhos com o mouse, conforme os professores indicavam num pequeno minigame. Agora, é somente apertar as direcionais do teclado em uma ordem específica, o que já torna essas partes bem menos cansativas.

Enfim, outro elogio que deve ser feito também para os três jogos principais do segundo ano de Harry Potter está em sua trilha sonora. Apesar de os filmes já terem produzido muito material que também poderia aparecer nos jogos, as melodias, em sua maioria, são bem originais, cada uma feita com as limitações de cada console e passam um clima gostoso de se estar dentro desse universo.

Jeremy Soule, também criador de músicas para Skyrim, foi o principal compositor dos jogos de Harry Potter e fez um trabalho impecável

Game Boy Advance (2002)

Apesar de não ser muito a versão de A Pedra Filosofal para GBA, Harry Potter e a Câmara Secreta consegue ser um jogo bom e entreter, principalmente se lembrarmos que o foco da EA para esse universo sempre foi o público infantil. Então, apesar dele ser basicamente considerado parte do gênero de quebra-cabeças, a grande maioria dos desafios é óbvia, com poucas partes em que realmente é necessário o jogador se esforçar para compreender o que está acontecendo.

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Atravessar, sozinho, rios de lavas e outros desafios para pegar seu dinheiro no banco? Os bruxos sabem um pouco sobre segurança. Imagem: WB/Reprodução

Assim, em jogos de Harry Potter, normalmente eles alteravam algumas seções do Castelo de Hogwarts para trazer desafios aos jogadores e não ser apenas uma monotonia de andar de um corredor para o outro, conversar com personagens e ver a história avançar. Então, é uma decisão dos desenvolvedores, mesmo que seja engraçado, em alguns momentos você ver um caminho mortal que os alunos devem percorrer até chegarem no Salão Comunal da Sonserina ou rios de lavas nos terrenos da escola.

Entretanto, parece que tiraram qualquer paz que Harry Potter poderia ter em sua vida nessa versão para o console portátil da Nintendo. Já que cenários em chamas, precipícios mortais e até mesmo o Pirraça atirando objetos contra o jogador, poderiam tornar esse jogo, na verdade, em um ato de sobrevivência!

Game Boy Color (2002)

Harry potter 2 gbc
A versão de A Câmara Secreta do Game Boy Color trazia gameplay parecida com o antecessor, mas com vários aprimoramentos! Imagem: WB/Reprodução

No ocidente, a versão de Harry Potter e a Câmara Secreta é o último jogo a ser lançado para o Game Boy Color, poucos meses antes dele ser descontinuado em março de 2003. Enfim, ele mantém o planejamento de praticamente todos os outros títulos citados por aqui até agora: aproveitar a maior quantidade de recursos possíveis do antecessor, para facilitar o desenvolvimento.

A maior mudança, contudo, está no fato de que, agora, Harry não está mais sozinho nas batalhas. Rony e Hermione, quando entram em combate, permanecem ao bom estilo Final Fantasy! É gostoso ver os esforços dos desenvolvedores em usar essa ideia numa plataforma que, em comparação às demais, era a mais fraca possível.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Após passar dois anos sem um filme lançado, Harry Potter voltou aos cinemas em 2004, agora com o terceiro ano dos personagens principais em Hogwarts. Novamente, a história continua, a cada novo lançamento, indo para capítulos mais sombrios conforme os personagens envelhecem. Agora, a prisão de segurança máxima do mundo bruxo viu um de seus maiores prisioneiros do mundo bruxo escapar: Sirius Black.

Não vamos nos estender muito sobre o roteiro, mas precisamos salientar que ele é um dos mais importantes para a história do universo de Harry Potter, já que responde algumas perguntas sobre o passado do personagem e também introduz personagens de grande relevância ao futuro da série. Além disso, ele é considerado um dos melhores filmes, tanto pela crítica quanto pelos fãs.

Enfim, e o universo dos videogames? Pela primeira vez desde que o mundo bruxo foi levado aos consoles, o PS1 e o Game Boy Color não receberam suas versões especiais, o que reduziu os lançamentos de 5 para apenas 3, sendo que a EA continuou com sua política de fazer uma versão diferente para o PC e outra para PS2/Xbox/GameCube, enquanto o Game Boy Advance também teve uma própria.

PS2, Xbox e GameCube (2004)

Aqui, vamos nos concentrar em Prisioneiro de Azkaban. Esse título trouxe diversas novidades para a série, apesar de se manter na base dos seus dois antecessores: tinha a fórmula de explorar mapas, igual ao jogo de Zelda, repleto de dungeons para desafiar o jogador — que desbloquearia feitiços para ajudar no progresso.

Entretanto, a grande novidade neste título era a capacidade de controlar os outros dois personagens do trio. Sim, isso mesmo que você leu, agora sua jogatina não era limitada apenas a controlar o Harry. Diferente da versão de Game Boy Color, eles não recebiam comandos apenas dentro da batalha, mas era possível explorar o mapa com eles e cada um tinha suas habilidades únicas e diferentes, que tornavam eles próprios para determinadas partes do mapa.

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Rony Weasley e Hermione Granger eram controláveis em O Prisioneiro de Azkaban, uma grande novidade para a franquia. Imagem: WB/Reprodução

Era possível, também, trocar entre qual membro do trio você estava controlando praticamente a qualquer momento do jogo, algo parecido com o que a Rockstar fez em GTA 5, muitos anos depois.

Ron Weasley era o personagem furtivo da história, talvez inspirado pelos seus irmãos, mas ele conseguia encontrar as passagens secretas que estavam no mapa, além de também encontrar itens — como bombas — nas estantes de livros. Além disso, ele tinha acesso a poucos feitiços, podendo aprender apenas Lumos Duo como exclusivo.

Hermione Granger, por outro lado, era a integrante do trio mais forte. Apesar de sua habilidade especial não ser tão útil — apenas passar por espaços pequenos, como buracos na parede — ela tinha acesso a maior variedade de feitiços possíveis, sendo que grande parte se mostrava útil em momentos variados do jogo, assim como também dava mais dano comparada aos companheiros. O seu ponto fraco estava na velocidade dela.

Por fim, o protagonista do jogo, Harry Potter, tinha como habilidade especial conseguir pular mais longe que seus companheiros e, dessa forma, ser o único capaz de avançar em determinados momentos do mapa para abrir algumas novas passagens. Ele também tinha acesso ao Mapa do Maroto, que revelava Hogwarts com a localização exata de onde cada pessoa dentro do castelo estava.

Cada uma das masmorras foi pensada para que os membros da equipe tivessem o seu momento de destaque, mas, como alguns fãs gostam de brincar, a maioria dos problemas são resolvidos pela Hermione tanto nos livros quanto nos jogos. Entre os três, ela se tornava a mais completa por conta da grande variedade de magias, que a tornava útil em todas as sessões possíveis. No fim, ainda, eles precisavam se reunir para que, juntos, movimentassem um objeto pesado até algum ponto específico.

Além disso, como foi dito durante as informações de Harry Potter e a Câmara Secreta de PS2, o sistema de voo do jogo ficou tão bom que, mais tarde, serviria de base para a criação da Copa Mundial de Quadribol. Então, era esperado que a versão do Prisioneiro de Azkaban tivesse aprimoramentos para tornar essa parte do jogo ainda mais legal, certo? A resposta é um sim e um não.

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Era necessário trabalho em equipe para passar dos diferentes desafios desse jogo. Imagem: WB/Reprodução

Veja bem, um ano antes do lançamento do Prisioneiro de Azkaban, a EA lançou esse spin-off, onde o maior atrativo era jogar partidas de quadribol, com a capacidade de controlar o time inteiro. Então, neste novo título, ela não colocou nada em relação ao esporte bruxo para não atrapalhar as vendas, mesmo que, durante o terceiro ano, ele tenha sido relevante para o desenvolvimento do personagem.

As técnicas de voo ainda estão presentes, mas sem as vassouras. Agora, Bicuço, o hipogrifo, é apresentado durante as aulas de Trato de Criaturas Mágicas por Hagrid. No jogo, é um dos principais meios de transporte dos personagens; apenas o Rony não consegue montá-lo.

Apesar de ser uma afirmação frequente aqui de como os jogos sempre reutilizavam recursos já criados pelos desenvolvedores previamente, foi possível perceber um esforço por parte da EA UK em mudar a estética dos cenários. Apesar de parecidos, os novos tinham aquele clima mais sombrio dos filmes, escuros e acinzentados, além de que os Terrenos de Hogwarts foram totalmente refeitos, agora baseados no material audiovisual.

PC (2004)

É um pouco complicado comparar as duas versões principais de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, porque apesar delas serem parecidas em muitos aspectos, também se diferenciam em outros pontos-chave. As mecânicas são parecidas. Você consegue controlar individualmente cada um dos três integrantes do trio e cada um tem acesso a feitiços exclusivos. Entretanto, há mudanças significativas.

A começar que a versão de computadores foi produzida pela KnowWonder, a mesma empresa que já cuidava dos jogos na plataforma desde que ele debutou em A Pedra Filosofal. Então, esta edição do Prisioneiro de Azkaban, apesar de também ótima, parece um pouco inferior a sua equivalente por conta das mecânicas.

O trailer da época destacava diversas novidades para a versão de computador

Por exemplo, no PS2/Xbox/GameCube, o jogador tinha a liberdade de trocar qual personagem controlava a qualquer momento e, assim, escolher por conta própria qual dos três se encaixava melhor para cada um dos desafios. Entretanto, na versão de computador, parte dessa mecânica é deixada de lado e o próprio jogo escolhe em qual momento você controlará eles, deixando as escolhas mais restritas.

A forma de soltar feitiços também passou por algumas alterações, já que ele manteve a lógica dos jogos de Harry Potter antigos da plataforma, em que a grande parte das magias deveriam ser utilizadas em momentos específicos dos cenários. Então, em comparação à versão de consoles, esta era um pouco mais limitada nesse quesito, já que não havia tanta liberdade.

Enfim, as duas versões tinham suas características próprias, que as tornavam bem únicas e se adaptavam bem ao gosto dos diferentes jogadores. Se alguém quisesse um material mais completo e longo relacionado à história principal, o título de consoles seria a escolha correta, já que apresentava maiores opções nesse quesito, enquanto a de PC era mais ágil no enredo e com algumas outras limitações dos personagens.

Entretanto, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban para computadores ainda tinha um grande ponto positivo ao seu favor: após o fim da história principal, que era salvar Sirius Black e Bicuço com a ajuda do vira-tempo, o jogador ainda tinha a opção de realizar os exames finais de Harry, Ron e Hermione numa espécie de pós-game. Eram pequenos desafios que cada um dos três precisava cumprir individualmente, o que acrescentava maior tempo de jogatina!

Game Boy Advance (2004)

A magia do Game Boy Color, mas agora no Advance da Nintendo

A versão de Game Boy Advance de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban foi o último jogo que a Griptonite Games, responsável pela franquia nos consoles portáteis, lançou, antes que a EA mudasse novamente sua estratégia no mercado. Então, o resultado disso tudo pode ser considerado uma verdadeira carta de amor aos fãs de RPG com combates por turno.

Agora, sem a necessidade de fazer dois jogos diferentes em um curto espaço de tempo, a desenvolvedora optou por manter o estilo que utilizava na antiga versão de Game Boy Color e deixou de lado os quebra-cabeças e exploração mais linear. Então, se você é um fã de jogos como Final Fantasy e sente saudades daquele espírito nostálgico dos anos dourados de pixel art, o Prisioneiro de Azkaban para GBA deve ser considerado quando estiver procurando sua próxima aventura.

Em comparação aos RPGs lançados para GBC, é possível ver que a Griptonite realmente pegou todas as características que faziam os antecessores serem tão bons para criar esse. Hogwarts agora não parece mais um cenário genérico que não tem relação alguma com o mundo bruxo, mas passa aquele espírito de você ser um aluno dela. As paredes repletas de quadros que, infelizmente, não se movem devido às limitações do console, mas formam cenários bonitos.

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Personagens retornam após o confronto na Casa dos Gritos, momento em que diversos segredos são revelados. Imagem: WB/Reprodução

Alguns elementos das outras versões, felizmente, também foram trazidos para a de Game Boy Advance, já que apesar de o combate dele ser por turnos, as mecânicas de exploração do trio também foram utilizadas, mesmo que dentro de suas limitações. Dessa forma, há diversos momentos que você precisa controlar alguém do trio, com o feitiço específico para empurrar e consertar objetos ou até mesmo iluminar o caminho.

Além disso, como era padrão da Griptonite em seus jogos, a história seguia de forma bastante fiel aos livros, com grande parte dos eventos acontecendo como foram retratados nas páginas do Prisioneiro de Azkaban. Uma das maiores mudanças do enredo, entretanto, está num combate que acontece no final contra Draco Malfoy, que nunca existiu, mas foi colocado no jogo para servir como o “chefe final”, antes de finalizar o resgate de Sirius Black.

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Até o momento, deu para reparar que a política da EA com os direitos dos jogos de Harry Potter era bastante ampla. Diferentes empresas, ao longo dos três primeiros títulos, trabalharam com o universo do personagem e fizeram jogos únicos, mesmo que suas continuações fossem bastante semelhantes aos antecessores, com alguns aprimoramentos de gameplay. Entretanto, quando chegamos ao Cálice de Fogo, essa lógica foi mudada completamente.

Agora, apenas os estúdios britânicos da Eletronic Arts ficaram responsáveis por produzir o quarto jogo da série e o resultado foi uma mudança completa na direção, que falaremos a seguir. Outra alteração bastante visível foi a de que os jogos não mais difeririam conforme plataformas, mas sim unificados em um só com algumas diferenças gráficas, além de uma versão portátil para os consoles da Nintendo.

Sobre a história, o Cálice de Fogo expande um pouco mais o universo de Harry Potter, já que agora são apresentadas novas escolas de magia e bruxaria, que vão até Hogwarts para competir no torneio tribruxo, um evento que reúne um representante de cada local numa competição perigosa, em que todos os conhecimentos são testados. Apesar de teoricamente apenas 3 participantes serem convocados, Harry é escolhido como o quarto membro e, agora, corre mais riscos do que imagina.

PC, PS2, Xbox, GameCube e PSP (2005)

Até o lançamento de Cálice de Fogo, os fãs estavam acostumados com os jogos de Harry Potter sendo um mundo praticamente aberto, em que eles poderiam explorar Hogwarts e seus terrenos, enquanto faziam as diferentes missões que eram passadas e coletavam feijõezinhos mágicos de todos os sabores. Apesar de a ideia ser ótima e quase sempre bem executada, isso fazia com que os títulos fossem bastante semelhantes entre si. Então, a EA resolveu inovar para este lançamento.

No Prisioneiro de Azkaban, já havia sido criado um modo em que qualquer integrante do trio poderia ser controlado, então ela aproveitou essa mecânica e agora implementou a possibilidade de outros jogadores se unirem numa experiência multiplayer local que funcionava muito bem. Era divertido se você tivesse um amigo para te acompanhar na jornada.

Harry Potter e o Cálice de Fogo trouxe mudanças importantes na fórmula dos jogos da franquia

Outra grande diferença na jogabilidade aqui era que ela limitava em grande nível a capacidade dos jogadores de explorar o mapa, já que o mundo aberto do castelo de Hogwarts foi substituído por fases fechadas, em que era preciso apenas enfrentar inimigos, usar as magias para resolver os problemas do cenário e, ocasionalmente, refazer o mesmo nível algumas vezes para desbloquear outros.

Quando chegava nas provas do Torneio Tribruxo de fato, o aspecto de multijogador era deixado de lado, já que na história, apenas Harry estava presente neles. Só que esses estágios não apresentavam muita criatividade, com o personagem apenas precisando fugir de alguns inimigos em linha reta, fossem eles dragões ou sereianos.

Entre essas 5 plataformas, as maiores diferenças estavam na qualidade gráfica de cada uma e poucas mudanças na jogabilidade para se adaptarem aos controles.

Harry potter e o cálice de fogo para ps2
Harry Potter e o Cálice de Fogo foi o primeiro jogo a usar modelos mais parecidos com os atores dos filmes. Imagem: JordyPotter Plays/YouTube

GBA e Nintendo DS (2005)

A versão para os consoles portáteis da Nintendo era um pouco diferente, mas seguia também a mesma lógica da outra edição. Era possível trocar qual personagem se estava controlando. Cada um tinha suas características como velocidade, ataque e defesa. Além disso, havia níveis longos repletos de quebra-cabeças e, por fim, pouca história.

Outro grande ponto na jogabilidade deste jogo do Cálice de Fogo estava no minigame de dança, algo que ficou de fora das versões dos outros videogames e computadores. A mecânica de apertar os botões no ritmo certo também foi reutilizada nos momentos finais, quando Harry e Voldemort fazem uma disputa entre os seus feitiços, ao bom estilo Dragon Ball quando dois kamehamehas colidiam.

Veja todos os jogos de harry potter até o momento. O universo de jogos baseados em harry potter é extenso, com diversos títulos produzidos por diferentes empresas. Venha conferir conosco um pequeno resumo sobre eles!
As cenas do Baile de Inverno não foram esquecidas do jogo de Game Boy Advance. Imagem: WB/Reprodução

Já o de Nintendo DS aproveitou um pouco mais as funções que o novo console da Nintendo oferecia, mostrando informações extras na tela inferior e também adicionando novos joguinhos. Entretanto, em questão de jogo bruto, era praticamente a mesma coisa do que a do Game Boy Advance.

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Em 2007, chegou aos cinemas o quinto filme da saga de Harry Potter, em que o personagem principal precisava enfrentar um de seus maiores desafios: poucas pessoas acreditavam que Voldemort tivesse retornado à vida, enquanto a imprensa circulava diversos artigos de que ele estava ficando maluco. Além disso, a nova professora, Dolores Umbridge, se mostrava uma das maiores vilãs do universo.

Nos jogos, o PS3 e o Xbox 360 eram a grande novidade do mercado, então a EA aproveitou a capacidade de processamento dessas plataformas para retornar ao modelo mais tradicional de mundo aberto — também considerando a má recepção que foi, era óbvio que não permaneceriam com a fórmula anterior. Além disso, para a criação deste jogo, a EA inclusive encorajou que os fãs fossem uma voz ativa, criando até mesmo um conselho com eles.

PS3, Xbox 360 e PC (2007)

Esta é a maior versão de Hogwarts construída para um jogo da franquia até então, baseado em imagens dos filmes, descrições presentes nos livros e outros materiais oficiais disponíveis na época, mas a EA exagerou um pouco nesse conceito. Já que várias das missões e outros objetivos que existem aqui consistem em fazer o Harry percorrer o mapa inteiro diversas vezes, sem nenhuma forma de agilizar esse processo.

Para preencher esses espaços vazios entre suas jornadas, parece que Hogwarts está ainda mais abandonada na Ordem da Fênix, porque é necessário que o jogador cumpra uma série de atividades que não fazem tanto sentido, mas estão ali para que tenha mais tempo de jogabilidade. Por exemplo, o perigo de Voldemort ronda a vida de Harry, mas dentro da escola, ele precisará queimar teias de aranhas, ajustar quadros, arrumar os tapetes no chão, consertar objetos e também acender tochas, além de outras missões secundárias que basicamente são encontrar itens para outro personagem.

Castelo de hogwarts em ordem da fênix
Hogwarts de Ordem da Fênix era uma construção fiel ao material original, mas, simultaneamente, vazia e sem graça. Imagem: NezumiButler/YouTube

Os fãs mais aficionados pelo universo, entretanto, podem achar essas tarefas divertidas, já que fazê-las permite que uma série de conteúdo desbloqueável seja liberado, em sua maioria, imagens e vídeos inéditos dos bastidores. Esses jogos de Harry Potter marcaram a primeira vez que boa parte do elenco do filme também dublou seus personagens.

Também foi realizada uma importante mudança na jogabilidade deste título. Agora, para realizar os feitiços, seria necessário utilizar o analógico direito do controle para fazer um movimento específico, sendo que cada magia tinha sua ordem certa. Isso era para emular os movimentos de magia e trazer maior imersão aos jogadores, mas com roteiro era mais fácil errar do que acertar.

No fim, para os fãs menos críticos, o jogo oferecia uma ótima sensação de poder explorar Hogwarts, ver ou interagir com os personagens e cenários tão familiares. Entretanto, como qualquer produto derivado de um filme, ele estava ali apenas para que as detentoras dos direitos ganhassem ainda mais dinheiro.

PS2, Wii, Nintendo DS e GBA (2007)

Seguindo o mesmo padrão que foi estabelecido no Cálice de Fogo, os jogos de Harry Potter não eram mais criados como produtos diferentes a depender da plataforma onde estavam, mas sim apenas adaptados para que funcionassem no hardware em que ele seria lançado. Dessa forma, falar sobre cada uma em específico seria apenas repetir as informações diversas vezes, já que elas compartilham semelhanças.

Por exemplo, na versão de PS2 e Wii, os gráficos foram apenas reduzidos para que esses dois consoles pudessem suportá-los sem travar ou perder muitos frames, sendo que a do console da Nintendo, como era padrão na época, contava com alguns controles por movimento utilizando o Wii Remote. Dessa forma, era aqui que os feitiços mais brilhavam em seu uso.

Harry potter e a ordem da fênix gba
A versão dos portáteis era uma experiência. Imagem: WB/YouTube

As versões de aparelhos portáteis, entretanto, eram um pouco bizarras, já que é possível reparar que a EA não se esforçou muito em criar produtos tão diferentes assim, apenas reaproveitou o máximo que conseguiu para ganhar um pouquinho a mais nas vendas. No Nintendo DS e GBA, o combate de turnos foi o formato utilizado, mas ele não tinha a mesma profundidade que os jogos antigos de Harry Potter.

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Perto de encerrar a história, os últimos livros de Harry Potter contavam com roteiros mais profundos, desenvolvendo melhor a história de cada um dos personagens principais, enquanto eles ainda precisavam pensar em seus estudos dentro do castelo. O perigo, mais uma vez, era iminente e toda essa atmosfera sombria também foi refletida no cinema.

Os jogos foram um dos diversos produtos derivados do Enigma do Príncipe, lançados para sete plataformas diferentes, sendo que em sua maioria todos eram bem parecidos. Contudo, desta vez, a versão de portátil continha algumas diferenças, sendo considerado, no fundo, algo completamente novo. Já adiantamos que isso não é um ponto positivo.

PS2, PS3, Xbox 360, Wii e PC (2009)

Os dois anos que se passaram entre o lançamento de A Ordem da Fênix para o Enigma do Príncipe fizeram a EA aprimorar muito o jogo, o que torna esse produto muito superior ao antecessor. Então, caso um dia seja preciso escolher entre os dois, opte por este. Só fique com a antiga caso prefira a história contada no quinto livro, e não no sexto.

Sério, apesar do jogo lançado em 2007 ser bastante consistente, tudo isso foi melhorado aqui. Também foram adicionadas novidades, como o retorno do quadribol, depois de 4 jogos longe da franquia principal, e um minigame de poção.

Enigma do Príncipe foi uma versão aprimorada do seu antecessor, consertando falhas, mas ao mesmo tempo com outros problemas

O combate foi aprimorado e, apesar de ainda não ser perfeito, funcionou melhor do que no passado. Além disso, agora também temos a adição de uma barra de energia, em que é possível observar o quão ferido seu personagem ou o inimigo está, tornando as coisas mais simples, já que em A Ordem da Fênix essa função não existia.

Um problema que os jogadores poderiam encontrar aqui, principalmente aqueles que gostam de serem desafiados, está em sua facilidade na hora dos duelos, já que controlar o campo de batalha é uma das coisas mais fáceis do mundo. Vire seu oponente de cabeça para baixo com um Levicorpus ou o paralise com estupefaça, em seguida, lance tudo o que estiver em seu arsenal, já que até o momento em que ele se recuperar, a luta terá provavelmente terminado — essa estratégia, infelizmente, não é utilizada pela inteligência artificial do jogo.

A exploração também foi melhorada, apesar do mapa não mudar nada. Algumas qualidades de vida foram implementadas, para tornar sua jornada um pouco menos monótona. Agora, em vez de acompanhar pegadas pelo chão, Harry recebe a companhia de Nick Quase-Sem-Cabeça, o fantasma da Grifinória, que mostra para onde ele deve ir, além disso, os dois personagens conversam entre si durante a jornada, quase sempre sobre os eventos que estavam acontecendo naquela determinada parte do jogo. Ah, aqui o protagonista também aprendeu como correr.

Veja todos os jogos de harry potter até o momento. O universo de jogos baseados em harry potter é extenso, com diversos títulos produzidos por diferentes empresas. Venha conferir conosco um pequeno resumo sobre eles!
O gameplay de preparar poções se dividia entre relaxar e também desesperar o jogador nos momentos finais. Imagem: WB/Reprodução

Outra mecânica principal do jogo está na preparação de poções. Para quem não lembra muito bem da história em Enigma do Príncipe, Harry encontra um livro repleto de anotações de um ex-aluno da escola, que continha detalhes importantes de como aproveitar o máximo dos ingredientes para produzir os melhores resultados possíveis, então usa isso ao seu favor. Era divertido ficar colocando os ingredientes no caldeirão, mesmo que fosse fácil se perder no meio das instruções.

Um ponto que também chama a atenção é o fato do jogo ter saído para PlayStation 2 em pleno 2009, mesmo que muito conteúdo fosse comprometido no resultado para que o antigo e menos potente console da Sony no mercado, naquela época, conseguisse rodá-lo. A versão de Wii também foi feita com adaptações gráficas e utilizava com frequência os controles por movimentos.

PSP e Nintendo DS (2009)

Veja todos os jogos de harry potter até o momento. O universo de jogos baseados em harry potter é extenso, com diversos títulos produzidos por diferentes empresas. Venha conferir conosco um pequeno resumo sobre eles!
As versões portáteis eram uma coleção de minigames, em sua maior parte, simples. Imagem: WB/Reprodução

A versão de Enigma do Príncipe para os consoles portáteis, infelizmente, não impressiona de forma alguma. Apesar da EA perceber que apenas adaptar o jogo principal para conseguir rodar dentro das limitações de um PlayStation Portátil ou Nintendo DS e ter criado algo novo, ela não parece ter se esforçado muito para realmente fazer o jogo ser bom.

Aqui, parece que os eventos acontecem nas partes não escritas dos livros, ou seja, os momentos chatos. Os poucos momentos em que o roteiro avança são por meio de pequenas cenas dos personagens interagindo. Fora isso, resta ao jogador apenas viver como o maior encontrador de objetos perdidos de toda Hogwarts, já que ele é baseado nessa mecânica. Dumbledore quer te explicar melhor como as Horcruxes funcionam, mas como esse detalhe será um ponto importante no futuro? Obviamente você não saberá, porque está ocupado demais pegando sapatos perdidos de algum aluno ou em um minigame sem sentido, só para coletar itens e entregar eles para outro personagem.

No fim, não há tanta coisa que se salve neste universo de jogos portáteis de Harry Potter, mas é bom imaginar como a história diferiria se a EA continuasse com o modelo estabelecido pela Griptonite no passado — que entendia as limitações do console e fazia jogos de combate em turnos, com o charme da pixel art. Um prato cheio tanto para os fãs do bruxinho quanto para os amantes desse gênero.

Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 1 e 2

O lançamento de Relíquias da Morte foi uma mudança radical no estilo de como a história foi contada até aqui. Era o arco final, em que toda a história trabalhada ao longo dos 6 outros livros chegaria ao fim. Enfim, a batalha entre Harry e Voldemort. Hogwarts deixava de ser o cenário principal dos eventos. O trio principal, agora fugitivos, viajava pelo mundo em busca das Horcruxes que selariam de vez a morte do principal vilão da saga.

A história precisou ser dividida em duas para contar com detalhe os últimos momentos da saga desses personagens que fizeram parte de uma geração de fãs. No cinema, os resultados não foram decepcionantes, com os dois últimos filmes entre os três primeiros longas da franquia de maior bilheteria, ao lado de A Pedra Filosofal.

Entretanto, esse sucesso não foi repetido nos games. Assim como as outras fórmulas passaram por transformações, a EA também aproveitou a oportunidade para experimentar novas ideias nos jogos de Harry Potter e resolveu seguir o que o mercado mais gostava na época, transformando a última aventura dele em um Third Person Shooter.

PS3, Xbox 360, Wii e PC (2010 e 2011)

Não vamos separar uma sessão para falar individualmente de cada um dos dois jogos já que, com tão pouco tempo entre um lançamento e outro, a EA apenas seguiu com a mudança de narrativa. A única coisa que se alterou de um título para o outro foram os pequenos aprimoramentos em como o combate funcionava.

A desenvolvedora deixou de produzir títulos de aventura e quebra-cabeças para colocar o jogador direto dentro da ação, com combates frenéticos e inimigos que querem ver o personagem principal morto a todo custo. Na teoria, essa parece ser uma boa ideia, mas a execução foi horrível. Não há grande variedade de coisas para serem enfrentadas aqui, sendo praticamente todos os comensais da morte sem muitas diferenças em suas aparências, já que as máscaras cobrem o rosto.

Uma conclusão não tão épica dos jogos de Harry Potter para um universo que acompanhou os fãs por anos

Harry também pode pegar cobertura para se proteger dos feitiços que vem em sua direção e assim durar mais no campo de batalha, mas isso não ajuda em nada. Na maior parte do tempo, a câmera não funciona bem e mais atrapalha a visão do que ajuda — logo, é melhor se proteger com o Protego do que com esse método.

A experiência do jogo só não é pior porque a última cena, na segunda parte de Relíquias da Morte, é um golpe na nostalgia de quem acompanhou o universo do bruxinho até aqui. Já que Harry mergulha sua cabeça na penseira — objeto mágico que pode relembrar memórias — e um pequeno compilado de cenas dos títulos anteriores passa pela tela.

Nintendo DS (2010 e 2011)

O PlayStation Portable da Sony havia saído de cena nessa época, com a EA não produzindo uma versão para ele, apenas no portátil da Nintendo. Outro aspecto é que esse jogo de Harry Potter e as Relíquias da Morte foi feito do zero, não apenas uma tentativa de adaptar o material que já tinha.

A versão portátil de Relíquias da Morte era um pouco mais original

O resultado não foi bom, obviamente, mas se considerarmos apenas o quão divertido é cada um desses títulos, podemos dizer que a dos portáteis é um pouco superior. Principalmente por cobrir mais eventos da história contada no cinema e nos livros, assim como também evitar preencher o espaço vazio entre um evento e outro com missões sem sentido.

E com isso, chega ao fim nossa lista dos jogos principais de Harry Potter lançados para videogame. Aqui, só cobrimos os títulos que acompanharam os filmes no cinema, mas é bom observar as diversas mudanças que a franquia passou ao longo de seus 10 anos de história, desde estúdios envolvidos até a jogabilidade.

Adaptar as histórias de filmes para jogos nunca é uma tarefa fácil, já que o tempo de duração de um longa-metragem não costuma ter material o suficiente para ser adaptado em outro produto, com 6 ou 8 horas de gameplay. Então, com prazos tão curtos e exigências crescentes, a qualidade nunca foi uma prioridade, apenas achar uma forma de comercializar ainda mais a marca para aumentar os lucros.

E, se analisarmos por esse aspecto, o desempenho dos jogos de Harry Potter não foram tão ruins. Os mais de 20 títulos renderam aos donos dos direitos autorais mais de 1.5 bilhões de dólares ao longo de sua história, isso sem contar os outros lançamentos que vieram de spin-offs. Copa Mundial de Quadribol, diversos jogos de celulares — sendo o mais popular o Hogwarts Mistery.

A verdade é que o fã de Harry Potter sempre sonhou com a oportunidade de poder visitar Hogwarts e explorar um pouco mais desse universo sem as limitações de seguir o roteiro do filme. Viver sua própria história, talvez por isso alguns fóruns ou sistemas de RPG sejam tão populares até hoje, pois tentam emular essa sensação de viver no mundo mágico de Hogwarts.

Apesar dos problemas, a cena final do jogo trazia uma nostalgia boa para os fãs que acompanharam o universo de Harry Potter nos consoles

Então, pela primeira vez, quem cresceu com essas histórias ou se apaixonou por elas terá uma oportunidade única na vida em Hogwarts Legacy, jogo em que se poderá viver sua própria saga e realizar esse sonho. Será também uma boa oportunidade da marca voltar para evidência, já que os filmes de Animais Fantásticos não estão agradando no cinema.

E para você, caro leitor, quais eram seus jogos de Harry Potter favoritos e, acima de tudo, o que espera do novo lançamento que sai mês que vem? Nos conte tudo nos comentários!

VEJA MAIS

Por fora das novidades de Hogwarts Legacy? Veja o que o último gameplay do jogo mostrou!

FONTES: Flandrew, Harry Potter Wiki e EA Games

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41 comentários
  1. Lembro de jogar muito eles quando era mais novo, mas são meio ruins se vermos agora.

    Ansioso para que Hogwarts Legacy dê a experiência definitiva do que é viver no universo de HP. Pena que a autora é uma merda.

  2. Passei a infância inteira com os jogos de ps1 de harry potter, na época pareciam tão bonitos, hoje em dia é engraçado ver como eram quadrados kkkkkkkk na época era alta qualidade. Muito boa materia viajei no tempo

  3. Caralho, não sabia que eram tantos jogos! Lembro que joguei um no PS2 que eu curtia bastante. Tô bem ansioso pro Hogwarts Legacy, espero que corresponda às expectativas!
    Dito isso, que texto maravilhoso! Uma pesquisa absurda de completa. Parabéns!

  4. joguei quase todos, agora to doido pra jogar o Hogwarts Legacy, HP é muito top sinceramente não me lembro de ser tão fã de algo como sou de HP.

  5. Não pude conhecer a maioria desses jogos por conta das condições financeiras necessárias pra se jogar quando era mais novo, entratanto estou deveras ansioso pelo jogo de HP que está por vir

  6. Pesquisa incrível!!!! Já joguei uns dois jogos desses, mas não sabia que eram tantos. Expectativas altíssimas já pra jogar Hogwarts Legacy.

  7. Nossa que matéria completa e bem detalhada, não sabia que existia tantos jogos da franquia, nunca joguei nenhum deles, se bem que nunca fui fã dos filmes.
    Mesmo assim, é bom ver que atenderam o pedido de diversos fã e vão dar continuidade pelo menos nos jogos.
    Tomara que o jogo cumpra o que está prometendo, porque as expectativas são grandes

  8. Grande matéria, não sabia que existia tanto jogo de HP, mesmo muitos desses tendo qualidade questionável. Rezando pra esse jogo novo ser incrível como promete.

  9. Além de ser um conteúdo incrível e completinho, essa matéria também trouxe uma nostalgia tão boa! Adorei relembrar os jogos de HP que já foram lançados e como era gostosinho jogar neles, mesmo que alguns personagens assustassem mais com esses gráficos do que no próprio filme hahahaha. Parabéns pelo conteúdo, Edu! Arrasou novamente.

  10. “Hogwarts é um lugar seguro para os alunos ” kkkkkkkk
    De fato foi uma franquia interessante nos primeiros jogos onde cada empresa poderia fazer a sua interpretação, hoje por causa de alguns que preferem priorizar tempo ou o que está em alta, muito games acabam perdendo sua qualidade, ou com roteiro, mecânica ou bugs.

  11. Se não me engano o que mais me marcou quando criança foi o enigma do Príncipe, a jogabilidade e as áreas que eram apresentadas no jogo eram incríveis naquela época, é engraçado pensar que não chega nem perto desse rs

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