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Governo federal considera privatizar os Correios, diz ministro

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Nas palavras de Moreira Franco, reduzir a estatal é um processo necessário, mas que também exige muita cautela
Governo federal considera privatizar os correios, diz ministro
Moreira Franco é ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República

Assim como pretende fazer com a Eletrobras, com a Infraero e com a Casa da Moeda, o governo federal já estuda privatizar o setor de entregas dos Correios – a informação, divulgada hoje (21) durante uma comitiva realizada em Nova Iorque, foi dada aos jornalistas pelo próprio ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo Moreira Franco, que acompanha a visita de Temer Golpista aos EUA, a situação financeira dos Correios é ‘muito difícil’, o que justificaria realocar os esforços da empresa no setor logístico – em vez do tradicional transporte de encomendas.

“Não é uma decisão política, mas de natureza econômica. Não dá para querer que a sociedade mantenha empresas que não têm condições de sobreviver.”

Para o ministro, do ponto de vista tecnológico, a redução no número de cartas e telegramas trocados todos os meses, devido ao advento dos meios digitais de comunicação, também motivariam o ‘enxugamento‘ da estatal.

A posição da Fentect

Governo federal considera privatizar os correios, diz ministro
Greve busca reajuste salarial de 8% entre outros direitos

Embora Franco tenha dito que ‘tudo precisa ser feito com muito cuidado’, a opinião da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares não é nada positiva: para a FENTECT, o que falta mesmo é vontade política para reerguer a empresa. Nas palavras de José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Federação, ‘querem entregar os Correios a preço de banana’.

Desde a última terça-feira (19), parte dos funcionários dos Correios declararam greve em diversas cidades do país.

Os Correios

Governo federal considera privatizar os correios, diz ministro
Guilherme Campos, atual presidente dos Correios

Com um déficit anual de aproximadamente R$ 800 milhões, a estatal é presidida por Guilherme Campos, ex-deputado federal de São Paulo, desde junho de 2016.

Embora considere plausíveis as chances de privatização, Campos afirma que não tem dados oficiais sobre uma possível decisão.

A orientação do Planalto é que ele continue os planos de reestruturação da empresa, já que, segundo a sua fala ao Estado de S. Paulo, neste pouco mais de um ano desde que está na presidência, os Correios reduziram seu déficit de R$ 2 bilhões em mais de 40%.

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