Índice
- O jovem empreendedor
- Como tudo começou
- A história do nome Spotify
- O mercado norte-americano
- Novos recursos e aquisições
- Crescimento constante
- Expansão e melhorias
- O Spotify hoje
- Desafios e controvérsias
- Os fundadores
- Quem manda no Spotify
- Como o Spotify gera receita
- A minissérie “Som na Faixa”
- O futuro do Spotify
O Spotify é uma plataforma de streaming de música que revolucionou a maneira como as pessoas consomem e compartilham suas músicas favoritas. Sua história é marcada por muitas mudanças e desafios, mas seu sucesso indiscutível é um reflexo da maneira como o Spotify conseguiu entender e atender às necessidades de seu público-alvo. Saiba mais sobre sua evolução e trajetória de sucesso nessa matéria especial.
O jovem empreendedor
A história do Spotify começa em 1999, quando um jovem de 18 anos chamado Daniel Ek estava morando com sua família na Suécia, e seus pais começaram a perceber algo estranho: o jovem não parava de trazer para casa aparelhos caros de TVs e computadores.
Seus pais pensaram: “Não tem como nosso filho poder pagar por isso. Será que ele virou um criminoso?“. Na realidade, era algo bem diferente. Aos 13 anos, por volta de 1994, Daniel percebeu o potencial de criar sites para a internet e iniciou um pequeno negócio caseiro, criando sites para clientes.
Cobrou de seu primeiro cliente cem dólares e, em seguida, cobrou dos próximos duzentos dólares. O preço ainda estava abaixo da média da indústria. Conforme a demanda por sites de internet começou a explodir, Daniel conseguiu cobrar cinco mil dólares por site para expandir o seu negócio.
Ele recrutou estudantes de sua classe de informática prometendo videogames. Seus ganhos eventualmente chegaram a 50 mil dólares por mês, e aos 18 anos ele estava gerenciando uma equipe de 25 pessoas. Seus pais só perceberam seus ganhos quando ele começou a trazer para casa aquelas grandes TVs.
Conforme o tempo passou, a internet começou a ver o crescimento do download ilegal de músicas. O Napster possibilitou que milhões de pessoas baixassem músicas gratuitamente com apenas alguns cliques em seus computadores.
O mundo estava mudando para as gigantes da indústria fonográfica como Sony, Universal e outras. As gravadoras disseram que perderiam bilhões em vendas porque os fãs estavam obtendo suas músicas gratuitamente, e queriam que isso parasse.
Depois que o Napster foi desativado em 2001, outros sites ilegais como Limewire, Kazaa, eDonkey e Soulseek tomaram seu lugar.
“Você nunca pode legislar contra a pirataria. As leis definitivamente podem ajudar, mas isso não resolve o problema. A única maneira de resolver o problema era criar um serviço melhor que a pirataria e, simultaneamente, compensar a indústria musical”.
Daniel Ek.em um entrevista.
Essa ideia foi a base para a criação do Spotify.
Como tudo começou
O CEO e co-fundador do Spotify, Daniel Ek, teve a ideia do serviço pela primeira vez em 2002, quando o Napster já tinha parado de funcionar e o serviço de download de músicas Kazaa se tornou popular.
Em 2006, Daniel Ek se tornou milionário aos 23 anos após vender sua startup Advertigo para Martin Lorentzon, e juntos decidiram fundar o Spotify.
Os serviços da plataforma foram lançados publicamente em 7 de outubro de 2008, inicialmente apenas por convite na Escandinávia, França e Espanha, e em 2009, começou a oferecer acesso gratuito e limitado aos seus serviços no Reino Unido.
.Em 2010, o Spotify lançou um gerenciador de música para desktop, ampliando os rumores de que a empresa estava competindo com o iTunes.
A história do nome Spotify
A história por trás do nome é muito interessante e compartilhada pelo próprio CEO Daniel Ek.
O nome foi decidido por acaso quando Daniel e Martin estavam em um apartamento nos subúrbios de Estocolmo. Os fundadores estavam sentados trabalhando em quartos diferentes e trocando ideias de nomes para a marca, gritando de um quarto para o outro.
Então, Martin gritou um nome de marca para Daniel, que foi mal-entendido como “Spotify”. Assim que ele ouviu o nome, ou melhor, o mal-entendeu, Daniel procurou no Google e, não encontrando nenhuma correspondência ou referência ao nome Spotify, eles o registraram imediatamente.
No entanto, os fundadores ficam geralmente constrangidos em divulgar essa história e geralmente acrescentam que o nome do Spotify é uma combinação das palavras “Spot” e “Identify”.
O mercado norte-americano
Em 2011, o Spotify deu um passo importante na sua trajetória ao expandir para os Estados Unidos. E a empresa contou com uma ajudinha de peso: o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, experimentou o serviço e postou em seu mural que “O Spotify é muito bom“. Isso chamou a atenção de muitos usuários e, quando a plataforma foi lançada nos EUA, ela já tinha uma parceria com o Facebook.
Para tornar seu lançamento nos Estados Unidos possível, o Spotify recebeu um investimento de 100 milhões de dólares e contratou Sean Parker, cofundador do Napster, para estabelecer relacionamentos com grandes gravadoras. E o resultado foi incrível: em seu primeiro ano nos EUA, o Spotify conquistou um milhão de usuários pagantes.
Apesar de enfrentar alguma resistência inicial da indústria da música, o Spotify rapidamente ganhou popularidade nos EUA, tornando-se um dos serviços de streaming mais populares do país. A plataforma oferece um serviço que combina o melhor dos dois mundos, um serviço de streaming de música legal, com acesso a uma enorme biblioteca de músicas por uma taxa mensal acessível.
O Spotify conseguiu convencer as gravadoras a licenciarem suas músicas para a plataforma, oferecendo uma nova fonte de receita para a indústria musical. E, simultaneamente, tornou a música mais acessível e conveniente para os consumidores, eliminando a necessidade de comprar CDs ou baixar ilegalmente arquivos de música.
Em 2011, o Spotify também introduziu o serviço de aplicativos, permitindo que desenvolvedores criassem aplicativos hospedados no software do Spotify. O mesmo ano também marcou o anúncio do novo Open Graph do Facebook, permitindo que mais atividades dos usuários fossem compartilhadas em suas linhas do tempo.
No entanto, a integração do Spotify com o Facebook gerou uma grande reação negativa entre os usuários. O CEO Daniel Ek, precisou lançar uma opção de audição privada para que as músicas ouvidas pelos usuários não fossem compartilhadas. Apesar disso, dois meses após a integração, o Spotify ganhou sete milhões de usuários a mais.
Os criadores do Spotify não previam o rápido aumento dos smartphones e demoraram para construir um aplicativo. Felizmente, em 2012, eles lançaram seu serviço em smartphones Android, evitando que a empresa fosse arruinada.
Além disso, em 2012, o Spotify introduziu um player web que não precisava de nenhuma instalação, e também lançou o Spotify Play Button, um player de música que pode ser adicionado a sites, blogs ou perfis de redes sociais. Esse recurso permitiu que os visitantes ouvissem uma playlist, álbum ou música específica sem sair da página.
Novos recursos e aquisições
O ano de 2013 foi marcado pelo lançamento do recurso Descobertas da Semana (Discover Weekly) pelo Spotify. Essa lista de reprodução personalizada era atualizada semanalmente com base nos hábitos de audição do usuário, tornando-se rapidamente um dos recursos mais usados da plataforma.
Além disso, em 2013, a empresa fez sua primeira aquisição, comprando a Tunigo, uma plataforma que ajudava os usuários a encontrar e compartilhar novas músicas e playlists no Spotify.
Em 2014, mesmo ano que a plataforma chega ao Brasil, a cantora Taylor Swift retirou sua música do Spotify devido a preocupações com as taxas. Na época, Daniel Ek afirmou que pagou mais de US $2 bilhões aos detentores dos direitos musicais desde seu lançamento em 2008 e argumentou que o streaming é melhor do que a pirataria, já que a pirataria não paga nada aos artistas.
Em 2015, a plataforma passou por uma atualização e mudança de marca, introduzindo uma nova página inicial chamada “Home” que mostrava músicas recomendadas aos usuários.
Além de expandir seu conteúdo para podcasts, rádio de notícias e streaming de vídeo, a empresa também lançou o Spotify Running, um sistema que ajusta automaticamente uma playlist de músicas com base no ritmo do exercício físico do usuário.
Com 75 milhões de ouvintes e 20 milhões de assinantes, a empresa levantou meio bilhão de dólares adicionais em investimentos e fez acordos com grandes empresas de mídia como ESPN, Comedy Central, Vice e BBC.
Crescimento constante
Em 2016, a plataforma se juntou ao serviço de dados musical Genius para fornecer informações adicionais sobre as músicas tocadas, e também introduziu o recurso Release Radar, uma playlist personalizada que ajuda os usuários a ficarem atualizados sobre os lançamentos dos artistas que costumam ouvir.
Em setembro de 2016, lançou o Mix Diário (Daily Mix), uma série de até seis playlists com reprodução sem fim que mistura as músicas favoritas do usuário com novas e recomendadas.
Nesse ano lançou também a retrospectiva Spotify Wrapped, uma estratégia de marketing viral possibilitando que os usuários do aplicativo visualizem uma compilação de informações sobre as suas atividades na plataforma ao longo do último ano e compartilhem esses dados em suas redes sociais.
Em 2017, o Spotify fez um novo acordo com a Universal Music Group para licenciar sua música, permitindo que algumas novas músicas fossem disponibilizadas apenas para assinantes por um breve período. Naquele mesmo ano, a cantora Taylor Swift retornou ao serviço de streaming após sua ruptura em 2014.
A empresa também introduziu os códigos do Spotify, permitindo que os usuários compartilhem músicas, artistas, listas de reprodução e álbuns específicos com outras pessoas por meio de aplicativos móveis.
Ainda em 2017, o Spotify e a Tencent investiram um no outro, estabelecendo uma parceria estratégica com o maior serviço digital da China.
Em 2018, o Spotify fez história ao se tornar o primeiro grande serviço de streaming de música a abrir o capital. Apesar de não emitir novas ações, a empresa permitiu que seus acionistas existentes levassem suas ações diretamente para o mercado.
Além disso, a empresa trouxe uma novidade empolgante para seus usuários gratuitos, permitindo que eles ouvissem qualquer música que quisessem, desde que estivesse incluída em suas playlists de descobertas.
Expansão e melhorias
Em 2019, o Spotify se concentrou em melhorar a experiência de seus usuários que ouvem música enquanto estão na estrada. A empresa lançou o Car View para dispositivos Android, permitindo que os usuários tivessem uma tela de reprodução quando conectados ao Bluetooth do carro.
A plataforma criou também a playlist personalizada “Sua Viagem Diária“, que mistura atualizações curtas de notícias em podcasts da NPR, The Wall Street Journal e PRI com as músicas e artistas favoritos do usuário.
Ainda em 2019, o Spotify expandiu suas ofertas com a aquisição da Gimlet Media, um estúdio de podcast, e a Anchor FM, uma plataforma de hospedagem de podcasts. A plataforma se tornou mais diversificada e com mais opções de conteúdo para seus usuários.
O Spotify também lançou o Marquee, uma plataforma de publicidade patrocinada para artistas. Com uma taxa de cliques de 20%, os anúncios são um fluxo de receita lucrativo, mas também polêmico, com algumas críticas sugerindo ser uma forma de jabá (suborno) para a era do streaming.
Em 2020, o Spotify adiciona mais recursos para seus usuários Premium, como a função “Sessão em Grupo“, que permite que dois ou mais usuários compartilhem o controle da música que está sendo reproduzida no mesmo local, e também removeu o limite de 10.000 músicas na biblioteca, permitindo que os usuários armazenassem quantas músicas desejassem.
O Spotify hoje
Após o impacto da COVID-19 na indústria da música ao vivo, o Spotify lançou o Artist Fundraising Pick, um novo recurso que permite aos fãs dar gorjetas ou doar diretamente na página do artista. O dinheiro arrecadado através deste recurso pode ser destinado a uma instituição de caridade escolhida pelo artista ou ir diretamente para o bolso do artista.
Embora a opção de dar gorjetas seja semelhante às opções oferecidas pelos serviços de streaming chineses, como o QQ Music da Tencent, Kugou e Kuwo, a versão do Spotify foi a primeira desse tipo no mercado global de streaming de áudio. O recurso gerou reações de alguns músicos e críticos, um dos quais afirmou que a jarra de gorjetas é uma “admissão tácita de que os artistas não estão sendo pagos o suficiente” pelo próprio Spotify.
O Spotify Canvas, uma das adições mais recentes da plataforma, os artistas podem carregar um loop de vídeo personalizado de 5 a 8 segundos para acompanhar a música e a arte da capa enquanto a música é reproduzida. Esse recurso interativo permite que os artistas mostrem uma visão mais completa de sua criatividade dentro do contexto da experiência de streaming de áudio.
A plataforma já viu resultados notáveis com o Canvas: os dados da empresa mostram que os usuários que ouvem uma música com o Canvas têm 5% mais chance de continuar a transmissão, 20% mais chance de adicionar a música à lista de reprodução e 9% mais chance de visitar a página do perfil do artista.
Desde 2019, o Spotify explora a integração de música e podcasts em sua lista de reprodução personalizada Your Daily Drive. Agora, a plataforma de criação de podcast da empresa, Anchor, lançou um novo recurso que permite aos podcasters incorporar músicas completas da biblioteca da plataforma em seus programas sem a necessidade de licenciamento adicional. Esse recurso permitirá maior inovação no espaço de podcasting e criação de novos formatos de áudio, como meditações guiadas, resenhas de álbuns e shows estilo DJ e de rádio.
Recentemente, o Spotify lançou uma nova página inicial e o uso de inteligência artificial (IA) chamada de DJ, que cria playlists personalizadas para os usuários com base em seus gostos musicais, que funciona selecionando músicas favoritas recentes e antigas do usuário, além de permitir o feedback para melhorar as seleções.
O usuário pode mudar a seleção de músicas a qualquer momento, e quanto mais ele ouve e dá feedback ao DJ, melhores são as seleções feitas pela IA.
Desafios e controvérsias
O sucesso da plataforma não veio sem desafios. Conforme a empresa continuava seu serviço, um problema surgiu: os artistas mais famosos começaram a reclamar que o serviço de streaming estava pagando muito pouco e reduzindo o valor de seus álbuns.
Em 2009, circulou a notícia de que a música “Poker Face” de Lady Gaga foi tocada um milhão de vezes na plataforma, mas o Spotify só deu a ela um cheque de royalties de US $167. Isso levantou dúvidas sobre o valor do Spotify para os artistas.
O Spotify enfrenta oposição de muitos artistas, que veem a plataforma como um “intermediário indesejado”. Artistas como Thom Yorke, Johnny Marr e David Byrne têm sido vocais contra o Spotify.
Enquanto alguns artistas sentem que os pagamentos que recebem do Spotify são insuficientes, outros sentem que a plataforma não é suficientemente solidária para com artistas emergentes e que a equipe do Spotify está tentando lidar com isso de forma eficaz.
Em 2013, o Spotify lançou o “Spotify para Artistas”, uma tentativa de esclarecer seu modelo de negócios para os artistas e ajudá-los a criar uma base de fãs e ganhar grandes receitas também.
Além disso, especialistas afirmam que ganhar dinheiro com o negócio de streaming não é uma tarefa fácil. Desde o pagamento de royalties aos artistas até outros custos envolvidos, é difícil tornar-se lucrativo, e o Spotify, apesar de sua popularidade, incorreu em muitas perdas.
No entanto, com o aumento da base de clientes pagantes, o Spotify conseguirá lidar melhor com isso. Segundo um relatório de 2019, o Spotify foi lucrativo apenas três vezes desde a sua fundação.
Além de pagar os artistas, o Spotify também paga os detentores de direitos de qualquer música, entre US$0,006 e US$0,0084 por reprodução (de acordo com relatórios de 2018).
Os fundadores
A trajetória profissional dos fundadores é bastante interessante:
Daniel Ek é atualmente o presidente e CEO do Spotify. Ek começou sua carreira empreendedora aos 13 anos, projetando sites para seus clientes. Ele trabalhou em um cargo sênior em uma empresa de comércio eletrônico online chamada Tradera.
Após o Tradera, ele atuou como CTO da Stardoll (um jogo de moda baseado em navegador). Mais tarde, ele iniciou uma empresa de publicidade chamada Advertigo, que foi vendida em 2006. Depois disso, Daniel trabalhou como CEO do μTorrent (cliente de download de BitTorrent) por algum tempo antes de iniciar o Spotify.
Martin Lorentzon, co-fundador do Spotify, começou com um estágio na Telia (uma empresa multinacional de telefonia sueca) e mais tarde mudou-se para San Francisco, onde se juntou ao AltaVista (um dos primeiros motores de busca, que foram posteriormente adquiridos pelo Yahoo). Lá, ele conheceu empreendedores da web e conseguiu um emprego na Cell Ventures, uma empresa de investimentos.
Martin co-fundou a Netstrategy em 1999, que ficou posteriormente conhecida como Tradedoubler (uma das principais empresas de marketing digital da Europa) A Tradedoubler comprou a empresa de publicidade Advertigo de Daniel Ek em março de 2006, e foi assim que Daniel e Martin se conheceram.
Quem manda no Spotify
A plataforma ainda é principalmente de propriedade de seus fundadores, Daniel Ek e Martin Lorentzon. Embora haja acionistas que possuem participações na empresa, os fundadores ainda retêm a maior quantidade de ações. Daniel Ek, que também é o CEO da empresa, possui 16,7% (32.323.633) do total de ações ordinárias e possui 31,9% do poder de voto. O cofundador Martin Lorentz, por outro lado, possui 10,9% (20.988.551) do total de ações ordinárias e possui 42,9% do poder de voto.
Outros grandes acionistas da empresa incluem Baillie Gifford & Co., Morgan Stanley, T. Rowe, Price e a Tencent. Outros acionistas com menor participação incluem Alecta Pension Insurance Mutual, BlackRock Fund Advisors, Ark Investment Management LLC, AMF Fonder AB, Jenison Associates LLC, etc.
Como o Spotify gera receita
O Spotify opera um modelo de negócio freemium. Isso significa que alguns de seus serviços podem ser acessados gratuitamente, enquanto outros são considerados premium e só podem ser acessados quando pagos.
Anúncios
O Spotify oferece seus serviços de streaming de áudio gratuitamente para seus usuários. Esses usuários têm acesso limitado a um catálogo de milhões de músicas, no entanto, algumas funcionalidades são restritas para esses usuários. Além disso, para os usuários gratuitos são mostrados anúncios que servem como fonte de receita e compensação pelos serviços oferecidos pelo Spotify. Anunciantes no Spotify são marcas, agências e instituições que pagam para a plataforma mostrar seus produtos e serviços para a vasta audiência que usa o aplicativo de streaming de música.
Assinatura Premium
Essa é a maior fonte de receita para o Spotify. Embora alguns dos serviços do Spotify possam ser acessados gratuitamente, os usuários pagam uma taxa mensal de assinatura para desbloquear todos os recursos do serviço de streaming.
Existem diferentes planos disponíveis para a assinatura premium do Spotify, com preços variados para diferentes categorias. Esses incluem planos individuais, duplos, familiares e de estudante. Qualquer assinante premium que pague por qualquer um desses planos recebe acesso ilimitado ao catálogo de música e podcasts, tanto online quanto offline (após o download) e ainda têm a melhor experiência ouvindo música sem interrupção de anúncios.
A minissérie “Som na Faixa”
A minissérie “Som na Faixa” (The Playlist), disponível no Netflix, retrata a história da criação do Spotify, e embora apresente imprecisões, a narrativa é ágil e divertida e usa recursos gráficos para explicar a programação da plataforma.
A série é baseada no romance “Spotify Untold”, mas não conta com depoimentos dos criadores do Spotify, mas se baseia em depoimentos de ex-funcionários e outros personagens que estavam presentes durante a criação da plataforma.
A minissérie também revela como o novo modelo de negócio do Spotify beneficiou as grandes gravadoras em detrimento dos artistas e produtores das obras.
O futuro do Spotify
A jornada de sucesso do Spotify na indústria de música online é um exemplo de como o foco no cliente pode levar uma empresa a se tornar líder de mercado. A empresa agora está expandindo sua atuação além da música e está se posicionando em questões políticas globais, como a invasão da Ucrânia pela Rússia. No entanto, com o surgimento de novas tecnologias como royalties tokens NFT e shows no metaverso, a empresa enfrentará desafios futuros e questões ainda mais complexas.
A plataforma recentemente divulgou suas estatísticas referentes a 2022. No ano passado, a empresa gerou uma receita de €11,72 bilhões, representando um aumento de 21% em relação ao ano anterior.
A plataforma conta com uma base de usuários de 433 milhões de pessoas que utilizam o serviço pelo menos uma vez por mês em mais de 180 países, sendo que 188 milhões são assinantes pagos. No total, há 100 milhões de músicas disponíveis no Spotify, além de 5 milhões de podcasts.
O futuro do Spotify é incerto e há dúvidas sobre se a empresa poderá se adaptar às novas tendências do mercado. Alguns analistas preveem que o surgimento de modelos de negócios descentralizados poderá desvalorizar a plataforma. No entanto, o potencial de uma empresa que conseguiu manter um crescimento tão acelerado no longo prazo não pode ser subestimado. O futuro certamente trará novos desafios, mas o Spotify já provou ser uma empresa capaz de superá-los.
Revisão do texto feita por Dácio Castelo Branco em 27/03/2023
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Fonte: BBC, YouTube, StartupTalky, Mentalitch, BusinessModelAnalyst, MacMagazine, G4Educação
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